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Lauren Revello

01:00

- Lau, eu queria lhe dizer algo. - Fernando finalmente dissera alguma coisa, fazendo-me a olhá-lo. Sua feição parecia estar envergonhada. - Perdoe-me por tudo... Eu estava...

- Nando, está tudo bem. Você estava ao efeito do álcool. O que me preocupou foi o aquele estado que se encontrou. Eu e Donna cuidamos de você a noite toda. Eu, lógico, quero o seu bem-estar.

Eu o olhei, dei um simples sorriso, minha voz soou de forma serena e gentil. É triste ver o meu irmão ver dessa maneira, tão diferente. Está vulnerável. Sua esposa ainda não conseguiu desvendar o porquê de Fernando estar assim. Conheço-o. Ele está escondendo algo.

- Eu vacilei feio. - ele disse e deu um suspiro tristonho, cabisbaixo. - Bem, é melhor tentarmos dormir. Tivemos uma viagem cansativa. Preciso ver como está a Luma.

- É. Faça isso. Depois eu a vejo, ela estava tão chorosa durante o vôo. Eu suponho que a febre já diminuiu. Catrina, Cida e Donna estão com ela. - sorrio simples.

- Sim, minha irmã sempre me tranquilizando. - sorrira e logo se levantou do sofá, aproximou de mim e deixou um beijo no topo da minha cabeça, como desejar uma boa noite. Ele sobe as escadas e indo em direção ao quarto da filha.

Eu tomara um banho e vesti um conjunto de pijama na cor vinho. Sento-me na cama, lendo Sherlock Holmes, um dos meus livros prediletos, que eu poderia ler o dia inteiro. Eu estava sem sono.

08:07 ⬪ 09 de junho de 1991

Abri meus olhos devagar, a fraca luz do sol batera contra as cortinas brancas fechadas. Eu bocejei automaticamente, colocando minha mão contra a boca. A casa estava tão calma, possivelmente, minha família permanece adormecida. Levanto-me e calço minhas pantufas em um tom de rosa-claro. Caminho até a porta, abrindo-a, e saio do quarto e fecho a mesma. Caminho em passos leves pelos corredores e desço as escadas com cautela.

Realmente. Não havia ninguém acordado além de mim. Então, eu adentrei a cozinha, e pego uns limões para preparar uma limonada para mim e para a família, caso queiram. A bebida ficou pronta, no entanto, eu também preparo umas torradas. Elas já prontas, eu as sirvo em um grande prato branco sobre a mesa. Sento na cadeira e pego três torradas, meu cotovelo apoiada na mesa e minha cabeça deitada sobre meu punho. Mordera a torrada, pensativa, com olhar perdido.

Já pudera escutar as risadas de Donna, Fernando e a minha doce sobrinha, Luma. Os cantos dos meus lábios se curvaram, pelo menos, me fizeram sorrir um pouco nesta manhã. Donna entrou na cozinha segurando a pequena em seu colo, meu irmão logo entrou atrás delas. Eles cantavam uma música a qual Luma aprendeu na pré-escola. Lembro-me muito bem do seu primeiro dia: Luma simplesmente acenou pros seus pais e andou em direção à professora e abraçou suas pernas. Ela se adaptara como um passo de mágica nessa nova fase de sua vida. Também, os filhos de Meddie, Charlotte e Hendrix, também estão com ela. Então, isso gerou ainda mais amizade entre eles e as demais crianças.

Os três ficaram próximos da mesa, olhando-me. Donatella sentou-se à mesa, ainda com Luma em seu colo. Meu irmão sentou na cadeira ao da sua esposa.

- Bom dia, Lau! - Fernando e Donna disseram em uníssono, Luma olhou-me e balançou sua mãozinha, acenando para mim. Essa era sua mania. Ela é um doce de menina.

- Bom dia. Bom, pelo jeito, vemos que uma florzinha melhorou. - sorrio levemente para Luma, que ela sorriu de forma tímida.

- Luma acordou muito melhor. - Fernando comenta e em seguida, ele pegara uma torrada que eu fizera minutos atrás.

𝐉𝐮𝐬𝐭 𝐋𝐨𝐯𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora