O grupo de Heinrich saiu primeiro, enquanto isso o grupo de Frieda terminava os últimos preparativos, quando todos já estavam com seus itens necessários a postos, se dirigiram aos estábulos. Griselna os guiou para o local onde estavam cinco cavalos já selados e prontos para partir.
Griselna estava vestindo uma calça de montaria justa e calçava botas de cano curto, vestia também uma blusa azul de botões e mangas compridas arregaçadas até a altura dos cotovelos, a blusa era levemente folgada e passava dos quadris. Erna estava vestida de modo semelhante, mas sua blusa era verde escuro e suas mangas não estavam arregaçadas, estava bem alinhada e nenhum pouco amassada, a gola estava perfeitamente arrumada, usava botas de montaria. Frieda vestia calça masculina folgada, vestia uma blusa de manga longa e um colete feminino por cima, assim como Erna, calçava botas de montaria. Ralf usava uma calça verde escura com bolsos e algo parecido com uma camiseta Henley de manga comprida na cor cinza bem clara, calçava botas de couro. Leon vestia uma camisa com oito botões, na cor preta, as extremidades das mangas bem como a parte interna da gola eram marrons, a calça era de linho na cor azul bem escuro e sapatos de couro marrom avermelhado.
– De quem são esses cavalos? – Inquiriu Erna.
– São do Benno, ele gosta de cavalos, mas ficou mais do que feliz em nos emprestar alguns. Vai tornar nossa viagem mais rápida e segura. – Respondeu a mulher, ela prendeu alguns de seus itens no arreio e foi dar uma última verificada na condição dos cavalos, das selas e outras partes que compunham os arreios.
– A gente poderia usar apenas três desses cavalos, um para você e nós dividimos a montaria em duplas. – Disse Leon.
– É mais seguro cada um ter o seu, se tudo der errado e precisarmos fugir às pressas, poderia ser problemático ajustar duas pessoas em cima de um mesmo cavalo. – Argumentou ela. – Mas se cada um tem o seu é só montar e pronto. É claro que a conversa mudaria se algum de vocês não soubesse montar, o que não é o caso, já que todos tiveram aulas de montaria e o fizeram com excelência.
Frieda olhou para todos os cavalos com atenção até que seu olhar pousou em um deles, trata-se de um Standardbred negro,um puro sangue, é uma raça conhecida por ser veloz. Apesar de jovem o animal foi bem treinado, estava saudável e não demonstrou nenhuma ansiedade ou hostilidade quando Frieda caminhou até ele e o tocou delicadamente com as pontas dos dedos, uma boa sensação fez os pelos dos braços de Frieda se arrepiarem e o sentimento de sinergia foi instantâneo... ela já havia escolhido aquele que seria não apenas seu companheiro em uma única viagem, mas para toda a vida. Mais tarde Benno perceberia o apego da menina em relação ao cavalo e o daria para ela como presente.
Cada um montou em seus respectivos cavalos e iniciaram sua jornada até o local onde realizariam a missão que lhes fora atribuída.
A missão era simples, apesar de ter sido requerida pela própria duquesa, estavam havendo múltiplos casos de desaparecimentos numa cidade chamada Schwarm, um nome digno de uma cidade que embora fosse menor que Bienenstock em extensão territorial, era muito populosa. O fato de ser populosa foi uma das razões para os casos de desaparecimentos terem vindo à tona apenas após muito tempo desde que começaram, acreditasse que tal acontecimento bizarro tenha começado a mais de um ano. Ao ouvir falar sobre datas, os jovens se entreolharam, eles certamente pensaram no mesmo, talvez tenham notado uma infeliz coincidência.
A viagem durou dois dias, nesse meio tempo o grupo relaxou e aproveitou o máximo que dava para fazer sem baixar a guarda, eles conversaram muito sobre a missão e trocaram informações, não se sabia muito sobre os desaparecimentos, o trabalho deles era descobrir se a causa era realmente algum Haidu, ou se era apenas algum humano se aproveitando do terror causado pelas criaturas para satisfazer sua própria inumanidade.
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Wanderfalke: A batalha contra os Haidu.
FantasíaQuanto vale a liberdade? A resposta é: depende. Para ganhá-la vale uma moeda de ouro, mas para perdê-la vale uma moeda de prata. Os mais éticos diriam que é absurdo, que liberdade não tem preço, ou ainda, que liberdade é direito de todos, entretant...