Capítulo 48

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Eu não queria ir comprar porra nenhuma, nunca mais dou pra ninguém!

Pedi pro Rafa ir comprar pra mim já que o Léo tinha saído, esperei ele chegar e ele havia comprado exatamente três assim como eu tinha pedido.

Fiz cinquenta litros de xixi, mas fiz os três testes e deixei no banheiro.

– Se der positivo posso ser o padrinho?– Rafa disse parado na porta do meu quarto.

– Para de brincadeira, eu tô surtando!– falei séria e ele sorriu leve.

– Não é um monstro de sete cabeças..– ele falou.– Olha, pelo menos você é rica, e o papai vai amar ter um neto ou uma neta...

– O problema não é esse... Se por um acaso, isso estiver acontecendo, vai ser uma ligação entre eu e o Paiva.– eu falei.– Não queria ter uma coisa tão permanente assim com ele.

– Pelo menos ele é rico!– Rafa brincou.

– Vou ver o resultado, obrigada pelo encorajamento você é incrível!– falei indo em direção ao banheiro.

O primeiro teste deu negativo e eu vi a luz no fim do túnel brilhando novamente, olhei o segundo teste e deu positivo e para desempate eu olhei o terceiro toda me tremendo com o coração acelerado e quase chorando:

Positivo.

– Quero ver!– Rafa disse entrando no banheiro.

– Um deu negativo e dois positivos acho que isso vem errado melhor eu ir no médico..– falei.

– Esse aqui deu positivo também, só que tá bem fraquinho.– Rafa disse e eu peguei pra ver de perto e realmente estava bem claro.

– Mano, puta que pariu.– falei sentando na minha cama.– E agora Rafa?

– Agora espera nascer e cuida.– ele respondeu.

– Não conta pra ninguém!– eu pedi.– É sério, promete que não vai contar pra ninguém?

– Só pro papai e pro Léo.– Rafa respondeu.

– Eu vou contar pra eles, mas ninguém mais pode saber.– eu disse.– Nem a Tayane, nem a Kay... ninguém! Eu quero contar na hora que eu achar melhor.

– E que hora vai ser essa?– perguntou.

– Sei lá, quando eu estiver em Londres mando uma mensagem falando pra todos.– respondi.

– E você não pensa em contar pro pai do bebê?– perguntou.

– Eu mando uma mensagem quando eu estiver longe, volto quando o bebê estiver com 18 anos...– respondi.

– O mundo real não funciona assim, eu sei que você tá assustada... mas é melhor pensar direito no que você vai fazer.– ele disse.

– Eu vou ir pra São Paulo e eu conto pro Paiva.– falei.

– Quer que eu vou com você?– perguntou e eu neguei.

– Eu vou sozinha, quero só que você me leve até o aeroporto. E conte tudo de uma forma bem leve pro Léo e pro papai, diz que eu fui no médico com a Paty mas não fala que eu fui falar com o Paiva.– expliquei e ele concordou.

Como eu não tenho planos de ficar muito tempo em São Paulo, levei apenas poucas coisas.

Doce Veneno • Mc Davi Paiva Onde histórias criam vida. Descubra agora