CHASINA CIRCE,
PASSADO, 17 ANOSNate conheceu minha irmã, eu evitei o máximo que eu pude, mas seria inevitável uma hora ou outra. Ele não foi maldoso com ela ou algo do tipo e foi isso que me deixou assustada, quando ele está sendo bom, significa que logo ele será mau.
Eu o tentei deixar, mas ele não me deixou.
Nunca.
Não importa o que eu faça ou o que eu diga, Nate sempre tenta encontrar uma maneira de contornar a história e fazer com que eu o aceite de volta. Porque no fundo eu amo, mas esse amor é tóxico. Um casal não briga com tanta frequência assim, não há tapas e murros, ou xingamentos e um ciúmes absurdo.
Eu tentei, por mais que eu o ame, eu tentei e tentei, mas ele não me deixa ir. A gota d' água foi quando ele foi para a minha casa, sabendo que eu não estaria lá nem Mich ou Dora e Gaia? Foda-se essa mulher que vive chapada. Nate se tornou obcecado com meus passos, ele me observa de longe, de perto, não importa o local. Mas ele não sabe que eu tenho acesso a todas as câmeras da casa e então eu vi.
Ele batendo na porta, minha irmã atendendo.
Ele querendo entrar, ela está receosa.
Ele entrando, ela não sabendo o que fazer.
Foi quando eu peguei o carro e dirigi como uma maluca para casa. Meu coração estava batendo tão forte que me lembrou da noite da morte dos meus pais. Eu estava entrando em pânico novamente, gotas de suor se formando em meu pescoço, minhas mão frias e trêmulas, meu estômago revirado.
Eu entro pela porta bem a tempo de ver Mallory dando um pulo do sofá e indo para cozinha, Nate para e se vira quando me vê abrindo um sorriso doce. Tenho vontade de vomitar.
— Amor — diz, dando um passo em minha direção e pega minha mão me puxando para a cozinha. Onde Mallory está com os olhos arregalados. — Pensei que ia chegar mais tarde.
— Os planos mudaram — murmurei limpando a garganta e apertando sua mão. Balanço a cabeça para Lily ficar parada. — Amor — eu chamo colocando minha mão em sua bochecha, seus olhos se voltam para os meus. Uma vez foram os olhos mais lindos que eu já vi, hoje, são os olhos que mais me assustam. — Você não quer subir? — suas narinas se dilatam de raiva.
— Agora você quer subir? — eu recuo com seu tom de voz, ele balança a garrafa de uísque e joga no chão. — Por que não quando eu estive aqui e pedi para entrar? Por que não quando você não me atendeu? Ou sumia na escola? — ele segura meu braço firme, com tanta força que meus olhos se enchem de lágrimas. Eu posso revidar... mas Mallory está aqui.
— Você está me machucando — sussurro, não querendo que Lily ouça.
— Sim? — ele lambe os lábios me prensando contra o balcão. — E ainda não é o suficiente, é? — meus olhos se arregalaram quando vejo Mallory se mexer.
— Não, não é — se eu tivesse que levar uma surra para proteger minha irmã ou até mesmo ser estuprada, eu seria. — Lá em cima, ok? Lá em cima a gente conversa — suplico, mas sua mão apenas aperta mais forte e um gemido estrangulado sai de mim quando sua mão envolveu meu pescoço.
— Eu acho que não, amor.
A falta de ar começa e eu balancei a cabeça para ele, eu não vejo mais Lily. Seu aperto se intensifica e Nate nos gira fazendo com que minhas costas baterem contra a geladeira, várias coisas caindo no chão. Meus pés não alcançam o chão e eu apenas sabia, que se eu morresse, ele iria atrás de Lily. Seu rosto se torce quando minhas feições ficam de repente frias, eu torço meu braço com o seu e pego o impulso para quebrar o contato, mas o sangue jorra por meu rosto.

VOCÊ ESTÁ LENDO
DARK ANGEL (FINALIZADO)
RomanceCinco anos atrás Chasina Circe cometeu um erro terrível. Por sua culpa e por seu descuido uma pessoa que ela tanto amava morreu. Corroída pela culpa, a menina dos olhos cinzentos fugiu de Wilmington e desde então ninguém mais ouviu ou viu ela. Burbu...