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CHASINA CIRCE,

PASSADO, 17 ANOS

Eu não me orgulhava de muitas coisas em minha vida, mas saber que eu sempre fui uma boa irmã era uma das coisas que me deixava em paz. Sempre fui muito observadora, então quando Lily foi embora chateada ontem depois que chegamos da escola eu sabia que algo tinha acontecido. Eu não tinha muitos amigos aqui tirando Alex e Nata, que é meu namorado, mas eu sabia muito bem com quem eu precisava falar para saber as coisas. Aparentemente, o quarterback da escola chamou Mallory de órfã vadia.

Eu não iria nem piscar se ele me chamasse assim, mas ele chamou a irmã errada. Então quando o querido entra pela porta e se senta ao meu lado, eu olho para o relógio vendo que faltam apenas 20 minutos para o sinal tocar e a professora entrar. As pessoas me chamavam de desequilibrada, talvez eu fosse. Talvez não. Com certeza, normal, eu não era.

Me sento ao lado do menino que tem minha idade, babaca. Não sabia lidar com pessoas da sua idade e por isso ia atrás do mais jovem. Ele me olha com desdém.

— Oh! O que é isso? A vadia da cicatriz está sentada ao meu lado — ele ri fazendo com que a turma risse junto. Alex entrou pela porta bem na hora e franziu o cenho confuso. — O que você quer, Chasina?

— Fiquei sabendo que você é o melhor jogador da escola — sorrio estourando a bolha do meu chiclete.

— O melhor — se gabou. Eu pego o lápis em sua mesa e girei entre meus dedos testando a ponta dele.

— Sim? —ronrono chegando mais perto do seu rosto. — O que mais você sabe fazer com essas mãos além de jogar uma bola, é claro. — Seus olhos brilham com maliciosidade e ele ri.

— Você quer que eu te mostre? — homens, homens, tolos. Todos eles.

Sorrindo para ele timidamente eu suspiro ansiosamente e como previsto ele coloca sua mão em cima da mesa para tocar em mim. Bam! Ele grita de dor e as pessoas gritam ao redor quando o sangue espirra ao redor da mesa a professora que estava segurando livros na porta deixa cair e se vira para a lixeira. Eu olho para o lápis empalado em sua mão e para seu rosto horrorizado e contorcido de dor. Dou uma risada leve e tiro o lápis da sua mão fazendo com que ele caia para trás na cadeira e grite ainda mais olhando para a mão com um buraco.

Bom, eu acho que ele deveria arranjar um novo esporte que não envolva mãos por enquanto.

— Ops! Eu acho que não vai dar mais para você me mostrar, lindo — me levanto da mesa e sussurro em seu ouvido: — Chegue perto da minha irmã novamente e não vai ser apenas sua mão que vai ser empalada, stronzo!

Ignoro os olhares de choque e me dirijo para Alex que está me olhando perplexo e segurando o sorriso, apesar disso eu vejo o desconfiar nos seus olhos.

— Bom dia? — oferece se virando para me acompanhar.

— Um ótimo dia — esclareço dando uma risada.

PRESENTE

Meus saltos estalavam contra o piso da casa, Kurt me direcionou para um corredor que nos levava lá para fora onde as pessoas não estavam. Ele não me tocava, mas isso não era necessário para eu sentir seu calor e seu perfume, nossa dinâmica era meio estranha, mas funcionava. Nunca fui atrás de Kurt para nada, ele que vinha atrás de mim, e isso me enchia de uma satisfação sombria. Eu não ia para sua cama, não invadia seu espaço, não interferia nos seus problemas, mas quando Andrew marchou até o irmão parecendo um touro eu pensei em falar algo.

DARK ANGEL (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora