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~Alice narrando
Bruna: promete que vai nos visitar mais vezes?
Alice: prometo, e mantenho minha promessa de que quando chegar o momento de você cursar a faculdade, vai estar morando comigo.
Bruna: eu não pude nem matar saudades e você já vai embora de novo.
Alice: ah, mas você também pode vir me visitar. Gabriel, quando você vai começar a procurar uma casa? Eu disse que podia ficar lá em casa, afinal é sua casa.
Gabriel: irmãzinha, eu vou precisar de espaço, porque minha namorada vai vir para cá, vamos morar juntos.
Alice: uau, vai querer viver aqui?
Gabriel: não, eu vou precisar viver na cidade grande. Onde eu vou trabalhar.
Bruna: mais um para me abandonar.
Gabriel: eu disse que vou conversar com mamãe para você vir ficar comigo, não fica triste Bruninha.
Alice: vamos nos falar, não vamos?
Gabriel: vamos sim, espero que a viagem corra bem.
Penélope: meu amor, eu vou sentir saudades. Gostaria que ficasse mais tempo aqui connosco mas sei que o dever te chama.
Alice: eu ia adorar ficar mais tempo aqui, mas realmente preciso ir por causa do trabalho e faculdade.
Penélope: eu sei meu amor, vou sentir saudades, estava tão feliz por ter meus três filhos aqui comigo.
Bruna: ah mamãe, vai ter que se contentar só comigo em breve, novamente.
Daniel: espero que façam uma boa viagem. E que voltem logo para deixar a Penélope feliz.
Alice: assim que possível nós voltamos. Mas eu sei que vou deixar minha mãe em boas mãos.
Pâmela: Alice, já está na hora, vamos?
Nos despedimos de todos. Despedidas são tão difíceis.
Alice: até breve, família.
Mamãe não queria chorar mas não conseguiu segurar as lágrimas. Eu chorei com ela. E Bruna também.

Enfim, agora estamos no carro, voltando para casa com Eduardo e Pâmela na frente e se lançando olhares.
Lorenzo: não adianta, admitam logo que estão juntos.
Pâmela: vocês estão paranóicos hoje, o que beberam?
Alice: nem foge do assunto, nós mal dormimos.
Lorenzo: claro, não dava para dormir com todos aqueles gemidos.
Alice: você deve aprender a fazer menos barulho com seus gemidos, nós mal dormimos.
Lorenzo: foi assim que chegamos a conclusão de que vocês estão juntos novamente.
E eles ficaram com os olhos arregalados. Eu e Lorenzo rimos por muito tempo.
Eduardo: vocês dois são tão fofoqueiros e cretinos.
Lorenzo: ninguém mandou fazer tanto barulho.
Pâmela: mas vocês dois...
Alice: não adianta, vocês não ouviram nada vindo de nós dois. Vocês nem estavam em casa e só voltaram bem tarde.
Pâmela: olha só.
Música, risadas, muito amor, e Pâmela no volante. Comida também.
Acabamos não pegando no sono mas chegamos na cidade e já eram 07 horas da noite. Ou simplesmente 19 horas.
Então, ao estacionar o carro, descemos. Quando eu fui abrir a porta, percebi que ela não estava trancada.
Alice: mas como?
Lorenzo: o que aconteceu?
Alice: a porta não está trancada.
Pâmela: espera, como assim não está trancada? Você mesma trancou.
Eduardo: Lorenzo, veja o estado da fechadura.
Lorenzo: danificada. Eu vou entrar.
Eduardo: eu também, vamos.
Alice: ah não. Vamos Pâmela.
Eduardo: nem pensar.
Pâmela: vamos sim.
Eduardo: humpf. Fiquem atrás de nós.

A casa foi vandalizada.
Alice: meu Deus, quem pode ter feito isso?
Lorenzo: parece que não roubaram nada.
Pâmela: aí meu Deus, venham ver isto.
Tinha um papel colado na porta do meu quarto.

Fique longe do Lorenzo, ou então...
Vai se arrepender, bela Alice.
Não gostaria de ter que desfigurar esse rostinho lindo.
É só um aviso.

E ao abrirmos a porta do meu quarto, tinham várias fotos minhas andando na rua, outras até com Lorenzo.
Minhas roupas foram rasgadas e jogadas no chão.
Alice: eu não acredito nisso. Como podem existir pessoas tão loucas?
Pâmela: Eduardo já chamou a polícia.
Lorenzo: ótimo.
Esperamos por algum tempo e a polícia apareceu para fazer seu trabalho.
Lorenzo: Alice, venha. Você vai ficar comigo, na minha casa.
Alice: na sua casa?
Lorenzo: se você quiser pode ficar em algum hotel.
Alice: serão muitos gastos.
Lorenzo: não precisa se preocupar com isso, eu cuido de tudo.
Alice: não, eu fico na sua casa então. Mas onde Pâmela vai ficar?
Eduardo: se ela não se importar pode ficar em meu apartamento.
Pâmela: eu posso voltar para casa da minha tia, ou ficar por aqui mesmo.
Alice: de jeito nenhum. Eu quero que você fique segura, e se fizerem algo contra você?
Lorenzo: Alice tem razão, podem fazer isso para atingir a ela. Fique com Eduardo.
Não sabia eu que aquilo estava longe de terminar.

Oi vidinhas, gostando do livro?
Curtam, comentem e partilhem muito.
Bjs da autora.
Bjs da autora.

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