Um acaso

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~Alice narrando
Existe um ditado popular que diz que Deus ajuda, quem cedo madruga.
E por isso, só por isso eu já estou saindo de casa. Pâmela saí mais cedo, e eu um pouco mais tarde. Fui para o trabalho de ônibus.
Cheguei lá e Lily foi me explicando tudo que devia fazer, como cuidar das flores, como fazer os arranjos e eu fui aprendendo rápido.
Até que a floricultura é movimentada. O meu primeiro dia de trabalho na floricultura foi bem tranquilo e o horário é bom. A floricultura abre as 08 horas e fecha às 20 horas. Lily é a dona e me contou que tem duas trabalhadoras. Eu trabalho das 08 até às 14 horas e a outra moça até ao restante do dia. Ficarei com boa parte da tarde vaga. Talvez eu devesse usar esse tempo para estudar? Assim que saio da floricultura recebo uma ligação de Lorenzo.

Ligação on√
Lorenzo: oi amor.
Alice: hey, como você está?
Lorenzo: com saudades, e você está bem?
Alice: estou bem e com saudades também.
Lorenzo: já almoçou? Sei que deve ser muito tarde mas pensei em te convidar para almoçar, sei lá.
Alice: eu aceito sei convite, onde nos encontramos?
Lorenzo: não está em casa?
Alice: não, podemos nos encontrar na praça?
Lorenzo: claro, estou chegando.

Ligação off√

Caminhei até a praça e fiquei esperando por Lorenzo. Fiquei observando as crianças e nem me apercebi que Lorenzo já tinha chegado. Levantei e abracei a ele. Ele me beijou.
Lorenzo: para onde quer ir, meu amor?
Alice: McDonalds?
Lorenzo riu e logo concordou. Compramos nossos lanches e nos sentamos para comer ali no parque mesmo.
Lorenzo: eu pensei que ia querer comer em algum restaurante.
Alice: porquê não mudar de cenário? A propósito, consegui um emprego.
Lorenzo: uau, isso é muito bom, fico feliz por você.
Alice: amor, não acha que está se expondo muito aos fofoqueiros sentando num banquinho de um parque e comendo fast food comigo?
Lorenzo: fodam-se os fofoqueiros. Qualquer lugar onde eu esteja com você é meu lugar favorito.
Sorri e dei um beijo nele.

Terminamos de comer e ele disse que tinha uma surpresa para mim. Fomos até ao carro dele e estávamos indo para minha casa.
Paramos um quarteirão antes e ele começou a falar.
Lorenzo: amor, vamos descer.
Obedeci seu comando e desci. Ele pegou numa venda e tapou meus olhos.
Alice: pra quê isso, Lorenzo?
Lorenzo: você vai ver. Vem.

Lorenzo pegou minha mão e me ajudou a caminhar e quando finalmente paramos, ele perguntou.
Lorenzo: pronta?
Alice: sim, estou pronta.
Lorenzo tirou a venda dos meus olhos e não pude acreditar quando vi aquele carro na minha frente.
Lorenzo: é seu. Por favor aceite Alice, não quero um não como resposta. Você merece e precisa desse carro.
Alice: mas Lore...
Lorenzo: por favor meu amor. Aceita e não discuta comigo.
Mesmo contrariada, acabei aceitando e agradecendo muito pelo carro. Eu realmente preciso de um mas não esperava.
Alice: não precisava disso.
Lorenzo: precisava sim, e agora é seu. Agora eu ficarei mais tranquilo sabendo que você estará mais segura.
Alice: você não existe.
Lorenzo: gostou?
Alice: para ser sincera, eu gostei. Obrigada, amor.
Lorenzo: ele é todo seu. - ele me entregou a chave do carro. Pelo que parece, ele é meu mesmo.

Oi vidinhas, gostando do livro? Não sejam leitores anónimos. Curtam, comentem e partilhem.
Bjs da autora.