Capítulo 16

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ANTES

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ANTES

A minha pequena tem sido maravilhosa, a sua preocupação e cuidado comigo, só me fazem amá-la ainda mais, se é que isso é possível. Eu não queria que ela ficasse em casa comigo, afinal só meu tornozelo estava torcido e era só questão de adaptação até que eu me acostumasse com as muletas e conseguisse fazer tudo sozinho, mas mesmo assim ela insistiu em ficar e disse que isso não prejudicaria seu emprego.

E por mais que estivesse amando tê-la em casa comigo, a culpa estava me consumindo de uma forma, que eu pensava que poderia me sufocar com ela. Eu a amo, e isso é um fato que acho que nunca irá mudar, mas não me sinto digno dela, depois de tudo o que eu fiz, e mesmo querendo mais do que tudo a fazer feliz, ainda assim acho que ela merece mais.

Eu não sou o mesmo Rodolffo que fez aquela aposta, ela me mudou de uma forma que nunca achei ser possível, tudo se tornou melhor com ela na minha vida, e desde que tudo aconteceu, coloquei na minha cabeça que faria de tudo para reparar meu erro, faria de tudo para fazê-la feliz. Por que vê-la feliz, vê-la sorrindo, era a melhor coisa do mundo. Mas eu não consigo me livrar da culpa de tê-la magoado. Eu achei que havia superado isso, mas a verdade é que eu implorei o seu perdão, mas eu mesmo não consegui me perdoar.

— Que foi, que tá me olhando com essa carinha? — ela perguntou sorridente, olhando para mim do outro lado da ilha da cozinha, de onde eu a olhava cozinhar.

Meus pais estavam vindo fazer uma visita, e ela olhou mil receitas diferentes para fazer o almoço perfeito para eles, mesmo eu dizendo que não precisava e que eu poderia encomendar algo para o almoço.

— Só vendo o quanto é linda. — a vi morder os lábios e suas bochechas corarem um pouco com meu elogio, seus olhos brilhavam como duas pedras preciosas, e todo esse conjunto fazia com que meu coração disparasse no peito, não sei o que seria de mim sem ela.

— Para de me galantear, seus pais chegam daqui a pouco e eu não posso pular em você agora. — ela brincou e eu dei uma risada.

Se não fosse a bota ortopédica e as muletas, eu já estaria atrás dela, beijando seu pescoço e a distraindo de seus afazeres. Não via a hora de poder me livrar delas.

Juliette continuou cozinhando, e montou uma linda mesa para o nosso almoço, o cheiro estava delicioso e eu já sentia meu estômago roncar e minha boca salivar. Ouvi a campainha, e antes que ela pudesse ir, eu peguei as muletas e me equilibrei nelas para atender a porta.

— Meu filho! — minha mãe colocou as duas mãos nas laterais do meu rosto e eu me inclinei um pouco para que ela pudesse dar um beijo em minha bochecha. Ela me analisou com o olhar depois que me soltou, parando os olhos por alguns segundos em meu tornozelo, para depois levantar os olhos novamente.

— Não precisa fazer essa cara, mamãe, eu estou bem. — a tranquilizei e ela sorriu, me afastei um pouco para que ela pudesse entrar, e recebi um tapa nas costas do meu pai, que entrou logo em seguida — Fiquem a vontade, a Juli está terminando o almoço.

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