Capítulo 38

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Eu sempre soube que a Ju era teimosa, mas nas últimas semanas tive uma noção maior da sua teimosia. Eu sei que ela ama nosso apartamento, foi o lugar que começamos, nosso primeiro cantinho, e mesmo pequeno, ele guarda várias memórias de momentos - na maioria felizes - do nosso tempo juntos.

Ela queria adiar nossa mudança para depois do casamento, e por mim, já teríamos mudado no dia seguinte ao que assinei o contrato. Eu compreendo seu apego ao lugar, mas não via lógica em continuar pagando aluguel do apartamento, agora que tínhamos uma casa só nossa.

Como não conseguíamos entrar em consenso, resolvemos usar a sorte. Separamos alguns palitos de tamanhos diferentes e quem tirasse o maior ganharia. Era para ser simples, certo?

Eu ganhei de forma justa, mas isso não a impediu de ficar brava, e agora ela enchia as caixas de cara fechada e não falava comigo há mais de vinte e quatro horas. Nem consegui ficar bravo, acho que senti falta de ver suas bochechas coradas de raiva. Sempre a achei linda emburrada, era um dos motivos que amava provocá-la antes, mesmo sentindo saudades dos seus abraços e dos seus beijos nas últimas horas.

Ignorei o seu mau humor, peguei algumas caixas e levei para a caminhonete, fretamos um caminhão para levar os móveis, e eles já estavam quase todos dentro do baú. Depois de colocar todas as caixas no carro e algumas no caminhão, subi para chamá-la.

Vi a forma nostálgica que ela olhava para a sala vazia, como se estivesse se lembrando dos nossos momentos ali, e mesmo ela ainda estando brava comigo, me aproximei dela e a abracei por trás, envolvi sua cintura e a puxei contra o meu corpo, ela entrelaçou os seus dedos nos meus e suspirou.

— Vamos ser muito felizes lá também, pequena.

— Eu sei. — respondeu com a voz embargada e eu me inclinei para beijar seu ombro — Desculpa estar sendo chata. — girei seu corpo e a coloquei de frente para mim, ela envolveu meu pescoço com seus braços e eu segurei sua cintura — Sei que isso é especial para nós dois e não era minha intenção estragar tudo, só que eu imaginava a gente se mudando depois do casamento.

— Faz tanta diferença assim? — perguntei e ela desviou o olhar — Conversa comigo, menina!

— Promete que não vai rir? — assenti com a cabeça e vi suas bochechas corarem, ela mordeu o lábio inferior de nervosismo, e depois de um longo suspiro ela finalmente falou — Eu queria que a gente se mudasse quando eu já fosse a senhora Rios.

— É estranho ficar excitado quando você fala isso? — ela deu uma risada, e eu escorreguei minhas mãos pelos seus quadris, segurei suas coxas e a carreguei. Ela envolveu minha cintura com suas pernas e me abraçou mais — Será que dá tempo de pedir para eles voltarem com nossos móveis? Posso pagar mais se for o caso. — sua risada gostosa ecoou pelo cômodo vazio, fazendo as borboletas no meu estômago se agitarem.

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