capitulo 75

100 10 1
                                    

74

A minha tarde naquele dia foi passada na rua com os phones nos ouvidos.

Com os óculos de sol e cabelo preso até passei por despercebida no meio das ruas nem Londres.

É claro que passei por paparazzis, "fãs", pessoas irritantes, mas ignorei-as.
Eu sei que muitas pessoas odeiam-me por causa disso, mas simplesmente não quero saber.
Não gostam de mim?
- boa- eu não gosto delas.

Depois quando cheguei a casa o Niall estava no quarto.

Comi qualquer coisa e meti-me no quarto onde costumo desenhar.
Sentei-me no chão e fiquei a olhar para as paredes decoradas com desenhos amontoados presos por fita cola até acabar por adormecer no pequeno sofá.

No dia seguinte não encontrei o Niall de manhã, nem á tarde, nem á noite.... No dia seguinte ele apareceu. Não disse nada e apenas foi para o quarto outra vez.

Isto está a dar cabo de mim. Esta situação está a romper cada camada de pele que eu tenho a sangue frio.
Eu não quero estar nesta casa com este ambiente pesado!
Ver o Niall a ignorar-me, eu a ignora-lo, sem conversas... Assim não dá.
Nós já nem somos namorados nem amigos. Somos apenas dois desconhecidos que não sei como vivem na mesma casa.

Desisti de todas as minhas redes sociais, desliguei-me de mundo e tentei absorver-me de problemas exteriores, mas nada melhorou.

Hoje vou ao médico ver os resultados dos exames. Aposto que está tudo bem, mas mesmo assim o nervosismo é maior.

-Maria Da Rocha.

Tenho que trocar urgentemente de nome.

Entro no consultório e ele começa a mostrar os papeis.

-O traumatismo que sofreste na cabeça felizmente não originou nada. Mas temos aqui um grave problema.

Como é que ele me tirou mil quilos dos ombros, mas voltou a por 2 mil?

-Tu estás muito muito fraca. Todas as tuas defesas em baixo, colesterol bom baixo...está tudo em baixo.

Ele fala enquanto que continua a olhar para os papeis.

-Também recebi as avaliações do teu psicólogo e não gostei. Tu tiveste um ótimo avanço e agora estás a regredir o que aconteceu?

O velho médico pousa a caneta na mesa e apoio a cabeça no punho enquanto que olha para mim.

-eu tive muito trabalho nestes últimos dias. Era de país para país e alimentação e exercício físico não foi muito a minha. preocupação.

-Jessy! Tu estás em perigo! Tu estás a brincar com a tua saúde? Queres morrer?

-Não não quero!

Isso é a última coisa que eu quero.

-Eu vou marcar outras análises para daqui a um mês. E se isto não tiver melhorado vou ter que te internar. Outra vez.

-Não! Eu vou melhorar isto. Juro que vou.

Eu não posso ser internada! Já chega de ser capa de revista.

"Sim porque a minha saúde não importa..."

-Espero bem que sim. Já agora. A tua perna também já está a 100 porcento.

Mas ainda tenho dores...

-Tu já estiveste perto da morte várias vezes mas ainda não aprendeste. Olha para ti. Nem a maquilhagem tapa as evidências que não dormiste.

Criminal Time \\N.H\\Onde histórias criam vida. Descubra agora