Criminal Time \\N.H\\

capitulo 27

26

-Jessy...Jessy...acorda. Já chegamos.

Oiço uma voz masculina mas não tenho forças para abrir os olhos nem para descobrir quem é. Onde estou?

-Eu levo-a até ao carro.

Outra voz diz e logo a seguir sinto todo o meu corpo a ficar frio e a ficar sem suporte.

Quero lá saber...se calhar ainda estou a dormir.

Volto a cair no sono até um barulho me acordar de vez.

-Já chegamos?

Pergunto com uma voz sonolenta e reparo que estou dentro de um jeep e quem supostamente me trouxe foi um polícia. Normalmente eles costumam dar bofetadas ou coisa assim do género para acordar, não pegar em mim ao colo e trazer-me para o carro.

-eu sabia que te ia dar o ataque de pânico por isso dei-te um comprimido para dormires a viagem toda.

O psicólogo esclarece antes que eu perguntasse e logo depois faz sinal para o carro andar.

Parece que os VIPs não vão para a confusão do aeroporto.

Melhor!

Eu acho que deveria estar preocupada por ele ter feito isso mas estou demasiado nas nuvens que nem quero saber....parece que estou num mundo paralelo em que não quero saber de nada e os problemas não existem. 

Tenho que arranjar mais comprimidos destes.

-que horas são?

Pergunto quase sem mexer a boca. Estou mesmo dormente.

-6h da manhã.

Seis da manha? Isso é muito cedo!

-Pode-mos ir dormir?

Eu peço e o psicólogo faz uma gargalhada contida.

-Sim podemos.

Espera! Eu saí de lá ás 4horas da manha!

Como é.... Possível?

Nossa...estes prédios são tão altos...

Ho boa! Agora os meus pensamentos também estão lentos! Pareço uma autêntica drogada!

Quando finalmente chegamos entramos para um enorme hotel e depois de algumas palavras, que nem me dou ao trabalho de perceber, entramos para um elevador enorme. Acho que um elefante cabia aqui.

Eu podia dormir aqui!

Já estou a exagerar....

-Ela está mesmo cansada.

-Talvez tenha sido forte de mais.

Eles estão a falar de mim? Quero lá saber! 

Saímos do elevador e agora só vejo um enorme corredor, de um lado e do outro. Devem de caber aqui as pessoas todas da vila de onde venho em Portugal...

Quando entramos no quarto atiro-me para uma cama de qualquer maneira e o sono leva-me outra vez.