capitulo 91

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Bem...O Niall desapareceu mesmo.
Ele não está em casa e o carro não está na garagem, por isso deve de ser um
sinal de que ele pretende estar longe.

-Ele não atende?

-Nop.

A minha mãe senta-se ao meu lado e põe a mão na minha perna frenética.

-Não te preocupes. Ele não tarda está a ligar para pedir ajuda porque se perdeu.

Meio que sorri, mas estou mesmo preocupada agora. Ele saíu á quase 3horas e ainda não deu sinal de vida.

-O melhor é ir comer.

Levanto-me e tento esquecer-me do facto de que o Niall está sei lá onde e não atende o telefone, mas é impossível!

Inexplicávelmente a raiva que tinha á uns meses por ele volta e tira o pior de mim.

-Onde é que andas-te?

Ele não diz nada e põe-se á minha frente com as mãos nos meus ombros.

-Falamos lá em cima.

Sem mais nem menos sou puxada pelas escadas a cima pela sua mão pesada e fria á minha volta.

Quando chegamos ao quarto ele fecha a porta e anda de um lado para o outro a roer as unhas.
Algo que eu já lhe disse par parar de fazer.

-Vais falar ou não?

Este suspense todo está a matar-me.

-Niall!!

Forço-o ainda mais para que ele fale.
Ele olha para mim e volta a sentar-se na cama.

-Eu não sei como te dizer isto.

Vem aí merda...

Fodase Jessy! Nem matar uma pessoa matas de geito.

Encosto a cabeça contra a parede e um instinto que eu desconhecia começa criar novas maneiras de como o matar.

Não Jessy. Controla-te.

-Ele está morto e bem morto.

-Como sabes?

Continuo com cadastro.

-lembras-te do detetive? Aquele que é completamente varrido dos cornos?

-Yup.

Eu percebi á primeira quem é o detetive, tu odeias aquele homem.

-Ele pediu para que abrissem o caixão. Eu nem sabia que isso é possível. E era ele que lá estava.

Eles abriram o caixão depois destes meses todos?
Ele deve de estar num estado avançado de composição. Deve de estar todo desformado. A pele podre os músculos a derreter... Um aspeto nauseabundo e provavelmente verde amarelado.

A imagem criada pela minha cabeça está a mexer demais comigo.

Prece que estou a sentir todos os cheiros possíveis e imagináveis vindos daquele caixão no quarto

A sua podridão deve de estar ainda mais acentuada pelo veneno que ele tinha a correr no sangue.

A minha imaginação demasiado fértil está a tirar o pior de mim.

-Acho que vou vomitar.

Corro para a casa de banho e logo que me ponho de joelhos o pequeno almoço vai direto para os canos.

-Jessy?! Estás bem?

-Não...

Sento-me contra a parede e tento esquecer-me aquelas imagens olhando para o loirinho que está á minha frente.

-O que se passou?

Perdi as forças todas...

Aponto para a minha cabeça e com a voz mais rouca e provocantede sempre tento explicar.

-Imaginação fértil nem sempre é um dom.

Ele passa a mão no meu cabelo e agacha-se á minha frente

Os seus olhos serenos cravados em mim acalmam-me superficialmente, mas aquela imagem é mais forte.

-Vai tudo ficar bem.

-Sai da frente!

Empurro-o da minha frente e maisvómito...
Aquela imagem ainda está muito presente e está a por-me doente.

-Acho que precisas de comer outra vez.

-Porra...Tanto trabalho a fazer as panquecas.

Ele ri com o meu sarcasmo e dá meia volta.

-lava os dentes por favor.

Ho sim...Essa é a parte mais importante de todas.

-Queres um beijo Niall?

-For God sake Jessy!

Criminal Time \\N.H\\Onde histórias criam vida. Descubra agora