capitulo 14

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Mas que raio de pessoas são estas que me ajudam e depois deitar-me fora como um animal? Primeiro salvam-me a vida e dão-me um lugar para ficar, dão-me de comer e isso tudo e agora atiram-me para a rua com tantas perguntas sem respostas ? 

 Como é que me encontraram numa casa de banho de um café? O que é que estava lá a fazer?  E como é que me tirou de lá sem ninguém ver? Onde é que estou?? 

Niall's pov
As milhares de pessoas aos gritos à minha frente e de certo modo relaxa-me neste momento. Eu mesmo lá no fundo não queria estar aqui. Eu queria estar a caminho da Rússia à procura da minha Jessy que todos diziam que morreu mas que na verdade não morreu...que confusão! Nenhumas das opções me parece real. A Jessy nunca iria matar ninguém e também não está morta! Como é possível ela estar morta e a mãe dela não me dizer nada? Eu tinha o direito de saber isso!! 
-Niall!!
O Louis quase grita aos meus ouvidos e quando dou conta já está na hora de eu cantar. 
"and youll never love yourself...
Está música nuncamais fez sentido desde que a Jessy  desapareceu. Nada faz sentido...
Eu para além de ser cantor nestes últimos dias tenho sido um ator de Óscar.     Acho que se não fosse as notícias ninguém reparava que eu estou pior do  morto porque não sei da minha namorada à meses. 
Eu odeio-me por não ter a capacidade que devia para a encontrar, eu não sei se ela está bem, se está mal...a minha cabeça tem tipo uma espécie de buraco negro em que nada faz sentido.
  
Eu tento ser eu mesmo no concerto e tento esquecer tudo, mas é impossível, e cantar com os meus melhores amigos, eles não merecem que eu estrague tudo. 
-Niall por favor não te mates! Ainda temos concertos estes mês!
O Louis tenta gozar com a situação mas apenas consegue um sorriso de mim.
Eles abraçam-me e quando dou conta estou mais de 50 pessoas à minha volta.
-Tenho um avião para apanhar!
Eu tento fugir aos seus apertos e pego apenas na mochila verde com algumas coisas ponho um Cap e digo Xau.
Eu vou encontra-la nem que isso me mate!
Jessy Pov
Já me doi os pés de tanto andar...já é quase de noite e eu sem dinheiro sem casa, sem conhecer ninguém... E os meus irmãos? Onde é que estão? Em raio é que se tornou a minha vida... Nem a mim mesma me conheço.

Estou no meio da cidade com o capuz a tapar a minha cara enquanto que ando a olhar para o chão. 
Vejo um quiosque e aproximo-me. Vou tentar descobrir onde raio estou. Passo pelas pessoas de mochila as costas e com mapas nas mãos e os meus olhos vogem para os chamativos e coloridos postais de lembrança. aproximo-me mais deles e o meu coração juntamente com o meu sangue congela quando vejo "Moscovo". Como é que eu vim parar a Moscovo? RUSSIA?! Eu estou na Rússia!? O que é que eu estou aqui a fazer?
 

  Eu menti sobre não saber o número de ninguém. Por acaso eu sei o número da casa da minha avó.
Pego na mochila que a mulher me deu e procuro alguns vestígios de dinheiro. Pego numa carteira e os meus olhos quase brilham com a quantidade de notas. Fosse lá o que eu fosse, tenho a certeza de que era rica...
Ando alguns minutos até encontrar uma caixa telefónica e quando finalmente a encontro fecho a porta e meto a nota na ranhura. Marco o número e rezo para que seja este número.
Aquele som erritante toca...e toca..e toca...
-Olá?
-avó!! Eu estou cheia de medo! Parece que estou na Rússia! Não me lembro como é que vim cá parar, uma mulher ajudou-me mas parece que sou uma criminosa e põe-me fora de casa!! Por favor ajuda-me!!
As lágrimas começam a cair e o meu português fica meio distorcido.
-Maria? És mesmo tu? O meu deus! Paula! A tua filha apareceu!!
As minhas lágrimas ainda caem mais quando oiço a voz da minha mãe.
- Onde estás filha?
-Na Rússia! Eles andam a trás de mim mãe...
-Eu vou arranjar maneira de ir aí buscar-te. Vai tudo ficar bem!
-Tenho que sair daqui. Vou para o aeroporto. Encontramo-nos lá.

Criminal Time \\N.H\\Onde histórias criam vida. Descubra agora