capitulo 49

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Jessy

Está a chover e estou sozinha em casa.

O que significa que estou em pleno tédio aqui.

Estou farta deste sofá e estou farta de comer estou farta desta casa.... Na verdade estou a exagerar. Só estou aqui á uma hora, mas já estou farta.

Mas todo este tédio tem a sua parte negapositiva, que é : pelo menos consegui pensar sobre o Niall e sobre nós.

Nós somos duas almas perdidas que se encontram e se desencontram , mas eu sei que nós somos perfeitos um para o outro, mas também sei que isso era no passado e agora ele não quer saber de mim porque já encontrou alguém que gosta dele.

Porra! Sejam felizes!

Levanto-me e mudo de canal enquanto que pego na guitarra da parede.

Porque raio é que está isto aqui?

Sento-me no sofá e frases começam a aparecer na minha cabeça.

O desejo de querer esta com ele e aquele sentimento de perda percorre os meus sentimentos e isso reflecte-se nas cordas.

Nós só damos valor quando perdemos e eu sou uma a juntar-se ao clube.

Em fim...

- You can be the peanut butter to my jelly... Isto soa bem!

You can be the butterflies I feel in my belly

You can be the captain and I can be your first mate

You can be the chills that I feel on our first date

Ho meu deus!! Isto parece uma música!

Limpo a garganta e tento continuar. Tenho que aproveitar este meu momento de inspiração.

- Cause you're the apple to my pie

You're the straw to my berry

You're the smoke to my high

And you're the one I...... Boa!

Sou interrompida pela voz da minha mãe, mas ela não está em casa, mas sim na TV.

Wow!! Ver a minha mãe toda arranjada e na TV é estranho mas sinto-me orgulhosa por ela.

Vê-se que se sente feliz. A final este é o seu sonho.

A maneira alegre que ela fala e interage com a plateia é uma Paula que eu não conheço. Normalmente ela é sempre tão preocupada com tudo e ali está simplesmente descontraída e com aquele sorriso.

-ÉS LINDA!!!

Eu grito, mesmo sabendo que ela não ouviu.

A música irritante do telefone fixo assusta-me e distrai-me da minha mãe.

-fodase! Que é?

Carrego no verde e tento fazer a voz mais suave possível, a final esta é a residência de Paula Stone.

-olá?

-Jessy! Por favor não desligues! Nós temos que falar!

Niall...

Não posso negar que o meu coração quase parou, não posso negar a felicidade escondida por baixo da raiva e muito menos o sorriso na cara.

-o que é que temos que falar?

Tento fazer uma voz dura.

-o que? Estás a gozar certo? Porque raio é que foste embora sem dizer nada?

-o que? Quem deve de estar a gozar deves ser tu! Tu não tens nada a haver com isso!

-Jessy? Tens noção que nós até ligamos á policia? Tu não tens mesmo noção da gravidade pois não?

Eu não digo nada e espero que ele diga mais alguma coisa.

-é claro que não! A tua infantilidade fala sempre mais alto!

E eu ri. É o de mais certo para fazer.

-é claro Niall. Tu és patético!

-ho boa! Agora estamos a nos insultar pelo telemovel.

-mas é mesmo isso! Eu tenho mais do que fazer do que te aturar! E tu? Não tens ninguém livre para beijar?

Já disse que adoro a minha voz sarcástica? Sinto-me uma autentica diva.

O silencio do outro lado faz-me sorrir. Ele não tem argumentos.

-pensava que confiavas em mim.

-e eu disse que não? Eu confio plenamente em ti!

-foda-se Jessy!

-hey! Calma.

Jessy tu hoje estás imparável!

Adoro irrita-lo.

-calma? Tu queres que eu tenha calma ? Só podes estar doida!

-é.... Eu estou doida, tarada, maluca, doente....eu sei que não sou nada para ti. Agora se me dás a licença

-não és nada para mim? Tu não sabes o quanto és para mim?

Ho merda.

Porque? Porque é que ele consegue sempre ser sempre mais forte do que eu?

Que irritante!

Deixo-me cair no chão tento lutar contra a raiva a sair pelos meus olhos em estado liquido.

-então porque é que a beijaste?

A minha voz perde toda a força e a rapariga forte foi substituída por uma chorona que não se controla.

-eu não a beijei, Jessy não chores.

A sua voz também muda e consigo imagina-lo a mexer no cabelo neste momento.

-eu vi.

-tu viste-a a beijar-me não eu a beija-la.

E agora faz-me de burra.

-Niall bem vindo á vida real! Isto não é um filme.

-tu é que fazes filmes.

-OK OK. Xau!

Desligo o telemóvel e atiro-o para longe.

Odeio a pressão que sinto quando falo com ele, odeio chorar por causa dele e odeio precisar dele!

Como é possível eu me sentir presa a ele desta maneira?

Eu gosto tanto dele.... Por mais que me custe admitir. Mas eu gosto muito dele e não o consigo esconder quando estou com ele, quando ele me beija, quando eu o beijo, quando acordo com ele em cima de mim.... Eu posso não saber a definição de felicidade nem de tristeza mas aposto que ambos começam por Niall.?


Levanto-me do chão e antes que desse conta estou a escrever num papel.

"Estava farta de estar em casa por isso fui arriscar a minha vida em Londres. Qualquer coisa liga! Beijos."

Saio de casa e começo a percorrer os caminhos até á cidade.

Pode ser longe, mas eu sei muito bem onde quero ir.

Olho para as chaves na minha mão e acelero os passos.

Ainda tenho um longo caminho até lá.


Criminal Time \\N.H\\Onde histórias criam vida. Descubra agora