Criminal Time \\N.H\\

Capitulo 32

Anónimo Pov

-Larga-me!!!!

Eu grito quando sinto umas mãos fortes e pesadas em cima de mim, mas ele não me larga. O medo e a raiva misturam-se dentro de mim e algo embate contra a minha cara.

Volto a gritar com as dores que se espalham pelo meu corpo e deixo-me cair no chão frio de cimento.

Eu não sei onde estou e já não sei o que é luz.

Estou presa neste quarto à dias e quando finalmente alguém aqui aparece aponta-me uma arma à cabeça e bate-lhe.

Eu apenas quero ir embora! Quero sair daqui...estou tão arrependida! Como é que eu fui cair no seu plano? Como? Eu sou um monstro!

Mas a vingança fala mais alto e quando eu sair deste sito escuro e sem rosto eu vou direta ao filho da puta do Richard e ele aí vai ver de que é feita Joana Stone. Eu vou estripa-lo, vou arrancar cada cabelo, os olhos, os dentes e até lhe arranco a pilha á facada...

Ele vai pagar por o que me está a fazer passar!

-Vai-te embora cabra!

Uma voz diz a trás de mim e ainda com a arma apontada à minha cabeça.

Vou embora? Como é que eu vou embora?

-Vais embora, mas com uma condição.

Eu sabia...não podia ser tão fácil.

-Tu vais voltar à tua vida e nunca vais falar disso com ninguém! Percebido?

Ele grita e dá-me um empurrão.

-Sim!

Eu digo firme e a porta abre-se.

-Estás em Londres.

É a última coisa que eu oiço até ser empurrada para rua e a porta se fechar.

Quase perco o equilíbrio, mas a parede de tijolo ajuda-me a voltar à postura.

Estou demasiado fraca...

A rua está deserta e as minhas roupas estão mais do que usadas. Pareço um desgraçado qualquer que costumam vaguear pelas ruas. Que nojo!

Em que parte de Londres estou? A rua é estreita e em paralelo, as casas são velhas e não se vê ninguém.

Eu perciso de arranjar maneira de me compor antes de aparecer à frente de alguém.

E definitivamente tenho que encontrar o Richard.

Jessy Pov

-Não quero saber!!

-Jessy tu não podes ir embora a meio do tratamento!

-Mike! Isto parece uma ilusão! Tudo parece que não é real! Nem tu pareces real! Porque...primeiro tu dezaparesses e parece que nos ignoramo-nos por meses e depois de um momento para o outro tu falas para mim? Mas que raio é que se passa aqui?

Eu abano as mãos de um lado para o outro na tentativa de me tentar expressar e ele para-me, pondo as mãos nos meus braços.

-De um momento para o outro não!

Sento-me no sofá e pego num cobertor.

-Sim!

-Não! Eu fugi mas não me tornei de pedra! Tu estiveste desaparecida e eu admito que me custou ver aquelas noticias todas! Por isso quando te vi nos camarins eu não aguentei.