capitulo 20

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-ela está a tomar banho.

Sento-me na cama e vejo as suas caras mudarem.

-quando ela sair podemos falar com ela?

Não. Não podem. Ela nem sabe quem voces são.

Como é que lhes vou contar isto. Eles parecem tão animados por ela ter aparecido.

-bem...há uma coisa que não sabem.

Eu tento parecer calmo, mas eles mesmo estando longe aprecebem-se.

-o que aconteceu?

A voz do Harry soa ali no meio e eu tento falar baixo.

-ela está com amnesia!

-o que?

-amnesia!!

-estás a gozar certo?

  O Liam está com aquela cara de chocado, o Louis com milhões de perguntas a flutuar na cabeça e o Harry com umacara esranha. Ele deve de se estar a lembrar da aposta.

Da maldita aposta que me levou a apaixonar pela Jessy.

-quem me dera.

A aposta voltou a ser motivo de preocupação e culpa para mim...

-não será uma farça por causa da cena do assassinato?

-não.

Também desejava que fosse. Mas não. Ela está mesmo apagada de todo o passado.

-Niall? Já estão acordados?

Oiço a voz da Paula do outro lado e despacho-me a desligar a chamada.

-xau. Eu depois explico melhor.

Deixo o telemovel na cama e abro-lhe a porta.

-bom dia.

Ela diz, mas todos sabemos que não é um bom dia. Esses "bons dias" estão bem longe.

-a Jessy está a tomar banho.

Sento-me na cama onde a Jessy dormiu e a expressão da Paula preocupa-me.

-o que se passa?

- a policia está em todo o lado. Nas noticias não se fala de outra coisa os nossos nomes estão a ser arrastados e a Jessy não sabe de nada.

-a Jessy não sabe de que?

Ela sai da casa de banho com as famosas calças pretas justas e uma t-shirt branca. Calças que pareem que aumetaram dois numeros. Está mesmo magra...

A Paula olha para ela e aproxima-se.

-tu tens que ir ao hospital, mas eu não te posso perder!

O instinto maternal fala sempre mais alto.

Ela abraça-a e eu levanto-me.

Este momento faz-me lembrar quando os meus pais se separaram e eu escolhi ficar com o meu pai, deixando a minha mãe sozinha. Foi duro mas não me arrependo.

-eu posso mentir.

Eu conheço aquela voz.

-eu posso fingir que acordei na tal casa, não sabia onde estava, esse tal homem atacou-me eu defendi-me com uma faca. Eu estou doente! Isso é mais do que evidente! Voces mostram-me uma foto dele e eu posso fazer uma alta cena na minha cabeça.

Ela sorri e a Paula olha para mim, como se pedisse uma opinião.

Eu não sei o que dizer sobre isto se não: Brilhante!! Podes ser escritora de filme de ação!

É mesmo uma ideia genial se for feita com muito cuidado.

-Vamos nisso.

*****

Jessy pov

Logo que me viram a chegar ao hospital reconheceram-me.

Os policias fizeram alta cena. Mandaram fechar todas as portas, apareceram armados, as pessoas ficaram assustdas e eu apenas tive tempo de por as mãos no ar e começar a chorar, a sério quando me poseram as algemas mais brutos do que nunca. Eu também tive que fazer uma cena.

Eles não podem pensar que eu já sabia que isto ia acontecer.

Levaram-me para uma sala onde entraram logo um detetive, um medico e um pesicologo.

Neste momento eu não estou a representar. Estou mesmo com medo do que me vão fazer. Eles não param de fazer perguntas estupidas sobre coisas que eu não me lembro o que me está a irritar purfundamente.

- eu já disse! Já disse que não melembro de nada!

-e o que te lembrar no dia do assassino?

O detetiv pergnta e eu calo-me.

As lágrimas voltam a cair, mas silenciosas.

Tento imaginar uma casa e uma menida indefesa. Escuro talvez....algo assustador, mas normal...algo que os sesibilize.

-eu não sei. As imagens são cunfusas....eu lembro-me de acordar no chão daquela casa. Eu levantei-me e uma dor de cabeça embate em mim. De repente...

Eu começo a chorar a sério quando as  imagens reais aparecem como flashes. As imagens de ele estar a forçar-me contra a banca a fazer aquelas coisas porcas comigo. E a maneia repugnante como ele me batia...tudo isso está a voltar de uma manera dolorasa. Consigo sentir a raiva que senti. Os seus olhos cheios de dor e de culpa quando eu lhe espetei a faca bem fundo e a sensação de liberdade. Liberdade condicional....

Eu sei que isto não é imaginação. Ele era um monstro e eu sou mesmo uma assassina.

-ele tentou violar-me....bateu-me...ele não ia parar.

A minha voz saí quase arrastada e as suas caras são preocupantes.

-quando tive oportunidade defendi-me. Mas eu nunca o quis matar. Eu juro!

O meu corpo começa tremer e as lagrimas caem desalmadamente pelos meus olhos.

Ele foi mesmo mau para mim....aquela cara mete-me nojo só em pensamento. Sinto o seu toque em todo o lado, cada milimetro de pele parece imunda e suja, coberta do seu toque. Sinto-me usada...sinto-me desvalorizada. Mas a cima de tudo injustiçada por não saer o porque. Porque é que ele me fez isso?

Segundo o Niall e a minha mãe eu não era má pessoa! Porque é que ele me faria tanto mal?

  Toda a história era verdadeira. Eu sei que era, menos a parte de o não querer matar.

Eu queria. Eu queria mata-lo. Eu sinto que queria e senti-me bem depois disso.

-Jessy estás bem?

Um medico pergunta mas toda a minha visão está branca e a minha cabeça está a pesar e a pesar...sinto-me cansada e a morrer aos bocados. Um poço sem fundo e a sensação de queda leva-me á escuridão.

E escuro. Tudo ficou escuro e sem sentido.

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Custou....mas aqui está!

O que acharam?

Feliz 2015!!

Ainda nem acredito que já passou um ano!

Espero que o vosso 2014 tenha sido tão bom como o meu....

Criminal Time \\N.H\\Onde histórias criam vida. Descubra agora