capitulo 48

129 8 2
                                    

Jessy


A minha barriga começa a doer de tanto rir e as lágrimas põem a imagem do rapaz adorável com piercings distorcida.

Isto está a ser de mais.

Estou a conhecer a minha outra vida, a vida em que não sofro e que tudo é divertido.

Descobri que era uma drogada, mas nem quero saber!

Pelo que ele me conta não era nada de mais.

-não! Mas a sério! Ele estava tão mal que começou a tirar a roupa no meio da rua!

-mas isso no meio da neve?

-sim!

Eu volto a rir e paro de baixo de um poste de luz.

Esta noite está linda.

A luz da roda gigante está reflectida no rio, as luzes amarelas dos candeeiros está a iluminar o passeio, as pessoas descontraídas na rua, o ar de setembro até está quente e pela primeira vez eu não me sinto com medo de falar ou com pressa porque já tenho que ir para outra cidade e aquela pressão toda das fas... Odeio aquele ambiente e o Niall não me faz bem.

O Ghost faz-me bem.

-wow! Nós éramos mesmo amigos.

Eu cometo e encosto-me ao poste.

-sim. Se não fosse eu acho que neste momento estarias ainda no 11 ano.

Ele sorri e senta-se num banco de jardim.

-aposto que sim.

Eu respiro fundo e olho para ele.

Ele é mesmo bonito. Aqueles olhos pretos misteriosos o cabelo castanho rebelde....todo ele.

Eu nem sei como é que eu namorei com o Niall.

Eu nunca gostei de loiros e pálidos, apesar de ele estar estranhamente dourado.

-e tu o que fazes?

Pergunto e sento-me ao seu lado.

-bem....por causa de ti, estou na universidade e estou a estagiar num estúdio de animação.

Ele diz orgulhoso e sorri.

Por causa de mim?

-porque por causa de mim?

-porque?

Ele ri abraça-me.

-porque TU, minha ranhosa, tu armas-te em dura mas derretes-te toda por nada.

Ele mexe no meu cabelo e é inevitável não sorrir.

-tu pagaste os meus estudos. E eu nunca te pude agradecer porque estavas sempre a trabalhar fora ou no hospital. Parece que tu procuras os problemas rapariga.

Mesmo....

Parece que eu passei metade do ano no hospital.

-não....os problemas procuram-me a mim.

No preciso momento que ele ia falar o telemóvel toca.

Ho boa.

Tiro o telemóvel do bolso e vejo o nome do Niall no ecrã.

Não quero atender, não quero ouvir a sua voz e nem quero saber o que ele quer dizer.

-não atendes?

Criminal Time \\N.H\\Onde histórias criam vida. Descubra agora