⁵* Hora de parar de brincar de casinha.

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Pov'Giacomo.

Ellen parou o carro, desci e dei a volta para lhe ajudar a sair mesmo não sendo necessário, mas, ainda sim pareceu que ela esperou por mim, lhe ofereci a mão e admirei suas pernas saindo do carro, quando ficou de pé paramos muito próximos, respirei fundo ao sentir os efeitos da proximidade, Ellen era um espetáculo de mulher, segurei sua mão e a guiei em direção ao restaurante. Uns duzentos metros de vegetação até alcançarmos as portas largas que davam acesso ao lugar.

- aqui é lindo.

- quando criança costumava vir aqui com minha mãe, era o lugar favorito dela.

- queria ter um lugar assim, sabe que me lembrasse minha mãe.

- não tem, nem em New York? - perguntei.

- não, um pouco depois eu chegamos ela adoeceu, o nosso lugar era o apartamento e apenas isso ... Não entendo ainda por que ela se separou, segundo minha mãe não teve traição, nem algo assim... Só decidiu ir.

Será que Ellen realmente não sabia o que o pai era? Não imaginava que a mãe descobriu ou sempre sou e não foi capaz de aguentar?

- qual sua teoria?

- acho que houve traição, mas ela não falou para que eu não sentisse raiva dele, e meu pai por culpa pagou tudo durante todo o tratamento dela, cada despesa, cada pequena coisa...

- o que você acha?

- sinceramente? - ela me encarou - não sei, não faço ideia... Prefiro não descobrir - dava pra saber que ela estava sendo sincera por seu tom de voz.

Ellen não sabia o que o pai realmente fazia, isso deveria me parar, me impedir de usar ela para minha vingança, a garota era só mais uma vítima naquela história.

- porque voltou? Sabe? Você está só aqui sendo a filha... Você tinha uma vida nos estados unidos.

- só tenho meu pai e meu irmão de família, e Catherina, mas sentia falta deles, só fiquei mais tempo por que estava fazendo faculdade, e depois só fiquei, até Eric pedir para que eu voltasse.

Ellen parou um segundo e depois seguiu.

- para me chamar de incapaz...

Não fiz nenhum comentário, acho que ela não queria ser elogiada.

- vai ficar calado?

- não sei o que falar - admiti.

- ok, vamos mudar o assunto.

- pronta para pedir? - perguntei ao mesmo tempo que acenava para o garçom.

- sim.

O homem se aproximou e nos entregou os cardápios, olhei por um breve momento já sabendo o que queria, Ellen me encarou quando fiz meu pedido.

- quero o mesmo.

Quando o garçom se afastou voltei a encarar Ellen.

- não tem um grande amor que te faria voltar para New York? - a pergunta era uma brincadeira, mas também uma curiosidade.

- sem grande amor - ela sorriu.

- por que?

- porque estou solteira? - a garota questionou.

- sim.

- namorei um cara da faculdade terminamos dois meses antes de decidir voltar.... Era um babaca.

- quanto tempo?

- seis meses.

- namorou um babaca por seis meses?

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