¹¹* Não me manda embora.

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Pov'Ellen.

Em duas semanas faria quatro meses que havia voltado para a Itália, o tempo passou tão rápido que chegava a dar um frio na barriga, mas hoje especificamente estava feliz por que em três horas o vôo de Catherina estaria chegando, teria uma semana com ela, depois de tanto drama acho que essa era a melhor coisa que poderia me acontecer, apesar de amar meu pai e meu irmão as vezes sentia vontade de voltar para os Estados Unidos, ficar perto da minha única amiga, não sei se era egoísmo da minha parte, mas junto dela eu sempre me sentia feliz.

Decidi fazer uma macarronada para esperar minha amiga, ela adora, eu tinha certeza que essa amaria ainda mais por que as massas italianas eram ainda melhores, eu não era nenhuma master chefe, mas sabia seguir um passo a passo de receitas da internet, estava terminando quando ouvi a campainha, deveria ser a sobremesa que encomendei, lavei as mãos e fui abrir, me deparei com Giacomo lindo, sexy e sorridente.

- oi.

- o que faz aqui?

- você não atendeu minhas ligações, nem respondeu minhas mensagens, queria saber se você está bem...

- estou ótima - tentei fechar a porta, mas ele não deixou.

- ainda está com raiva?

Refleti um pouco sobre isso, na verdade não, só estava tentando focar na visita da minha amiga.

- não, mas Catherina está chegando em breve.

- não vai me apresentar ela? - ele sorriu de lado, porra aquilo era golpe baixo.

Estava prestes a responder quando vi o entregador.

- boa tarde - o rapaz sorriu.

- boa tarde, só um minuto, vou pegar o dinheiro - falei para ele.

Entrei seguindo de volta para a cozinha, abri a bolsa e peguei o dinheiro, ia voltar para pagar quando Giacomo apareceu segurando as sacolas.

- o que fez?

- paguei sua comida...

- você não cansa de ser irritante? - perguntei com raiva - aqui - enfiei a nota de cinquenta no bolso da camisa dele.

- Ellen, eu senti sua falta.

- eu não - virei de costas para que ele não visse a mentira em meus olhos.

- mentira...

- quem disse? - virei e o encarei.

- eu preciso que seja mentira, só preciso disso.

- é mentira, mas eu não quero conversar com você - falei baixo, não queria conversar, só queria dar para ele.

- o que quer? Me diz... Só não me manda embora agora - seu olhar era triste - briga comigo, grita, me bate, qualquer coisa, menos me expulsar.

Dei dois passos na direção dele e lhe dei uma bofetada que queria dar desde que ele me deixou sozinha. Eu acho que ele não esperou que eu realmente fazia isso, ia dar o segundo e ele me segurou, minha raiva por ter sido deixada voltou, queria realmente bater nele.

- me solta.

- você me bateu.

- disse que eu poderia... Agora me solta, você tá me machucando - mandei com raiva.

- pede outra coisa.

- me fode.

Giacomo assimilou meu pedido só por um momento e depois me puxou para ele, meu corpo se chocou contra o seu e eu arfei, sua outra mão agarrou minha nunca e a que estava segurando meu pulso deslizou para minha cintura, sua boca tomou a minha de um modo que chegou a ser doloroso, senti seus dedos apertando minha pele e aquilo me incendiou, era loucura estar com raiva dele e ainda sim não me afastar, porém eu não tinha forças.

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