¹⁷* Onde ela está?

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Pov'Ellen.


- eu sabia que sua família era rica, mas amiga, isso é ofensivo - Catherina falava sério, mas ainda sim eu ri.

- eu sei... Lembro que a mamãe adorava esse lugar, passamos tantos dias aqui durante as férias.

Suspirei ao sentir o peso da ausência dela, aqui era mais difícil sentir saudades dela, mas ainda sim tinha lugares como aquele que eu a via, era o lugar que ela mais amava estar.

- sem chorar, por favor ... Vamos entrar e ver lá dentro.

- vamos concordei.

- bom dia - ouvi a voz masculina atrás de mim.

Viramos ao mesmo e me deparei com o homem apontando uma arma para nós duas, olhei o rosto dele com cuidado, mas não fazia ideia de quem seria.

- caladinhas - ele mandou.

- tudo bem - levantei as mãos e Catherina fez o mesmo.

Um outro homem saiu do carro e veio na nossa direção, revistou Catherina e pegou o celular dela, depois o meu e quebrou, depois nos amarrou, senti meus pulsos doerem com a pressão da corda.

- alguém vai ficar feliz com a pescaria, quando Jeff pagaria pela filhinha? - o primeiro que chegou, perguntou rindo - vamos amordaçar elas.

- por favor, não, não vamos tentar fugir - pedi.

- leva elas para dentro da casa.

- a casa está cheia de empregados - murmurei.

O outro cara seguiu até o carro.

- não tem ninguém lá... Essa casa não é do seu pai a anos, você está em território privado... a boca delas.

O cara "dois" voltou, Catherina estava congelada ao meu lado, ele a amarrou também e depois usou os cachecol que usávamos para nos amordaçar, olhei para ela outra vez, não havia nenhuma expressão em seu rosto. Cada um deles segurou uma de nós e nos arrastou para dentro. A casa parecia mal assombrada, estava vazia, suja e escura, fomos levadas até o que antigamente era um escritório, ele nos jogou lá dentro de fechou a porta, ouvi o barulho da chave sendo girada, sentia meu corpo frio, tremendo de medo, Catherina ainda estava em silêncio, era pavoroso aquele lugar escuro, dava para sentir o cheiro de mofo, ficava pior por não conseguir respirar pela boca, sentia meu nariz queimar.

- cat - falei abafado.

- tô ... bem - sua voz saiu do mesmo modo.

- temos que sair daqui.

Não sabia como, mas sabia que precisava, olhei em volta, não tinha nada ali, não iríamos conseguir sair, estava vazio, me ajoelhei no chão e sentei ao lado de Catherina, ela se ajeitou e deitou sua cabeça em meu ombro, senti as lágrimas dela.

- desculpa - pedi.

- não ... é sua... culpa - sua voz era além de abafada, medrosa.

Era sim. Eu deveria ter perguntado para Eric sobre a casa, Giacomo falou isso, mas fui idiota, agora estava em perigo, pior, minha melhor amiga estava também. A porta abriu com força e um dos caras entrou, pegou Catherina pelo braço e a tirou do chão, começamos a gritar, ela lutou para não ser levada, quando consegui levantar do chão já era tarde a porta havia sido trancada outra vez, comecei a chutar com força, o que ele ia fazer com cat?

Fiquei um tempo chutando a porta, mas ninguém veio, ninguém abriu, sentei ao lado dela encostei a cabeça na parede, sentia minhas lágrimas descendo sem parar, aquela sensação era desesperadora. Um tempo depois a porta voltou a abrir, mas não dava para ver quem era.

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