¹⁰* jogos clandestinos.

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Pov'Giacomo.

Eu sabia que Ellen estaria com raiva, e principalmente magoada depois de sair sem falar com ela e sumir, mas não sabia como a encarar, como tentar continuar algo que em algum momento a magoaria, me sentia um cretino, fui tolo e imprudente e agora estava não só tendo que aguentar minhas escolhas, mas forçando ela a suportar, quando me preparei para tentar me explicar fui até sua casa, ia tocar a campainha quando ela abriu a porta, e ao me ver seu olhar ficou duro.

- o que faz aqui? - ela perguntou rude.

- queria conversar - murmurei.

- estou de saída, e não estou afim de papo, não com você - Ellen tentou passar por mim, mas não sai do caminho.

- por favor, Ellen...

- por favor? Você veio aqui me pediu ajuda, nós transamos ... e porra - ela esbravejou - você foi embora sem dizer nada e sumiu... nem uma garota de programa e descartada assim, por que ela ainda recebe por isso... Então se não tiver vindo pagar a merda uma uma hora de sexo sai da minha frente - Ellen me empurrou e fechou a porta  da casa com força.

Ela achava tão pouco de si, ou de mim? Sem dúvidas de mim.

- me dá só cinco minutos - pedi segurando a mão dela, Ellen puxou com raiva e falou

- não, vai se foder - sua voz saiu mais alta quando continuou a falar - não quero a merda de uma explicação, esperei isso antes, agora já é sacanagem.

Exitei antes de continuar tentando, eu sabia que Ellen estaria com raiva, mas não tanto, também sabia que merecia. Mas depois de ouvir o que Giancarlo falou me senti ainda pior do que quando a deixei.

- Ellen - chamei indo atrás dela - eu preciso me explicar.

- não me importo.

- estou apaixonado por você - falei alto antes dela entrar no carro, apesar de não querer sentir, era uma verdade, acho que a única - eu menti sobre o sonho... Eu lembro, eu sonhei com você morrendo - pelo menos era esse o contexto, ela parou de andar, mas não me olhou - fazem três meses que Jeanine morreu, deveria estar ... De luto - suspirei - mas estou apaixonado pela garota que a viu morrendo, isso é.

- uma idiotice - Ellen virou e me encarou - você é um filho da puta, babaca... Um escroto, tosco e arrogante... você não tinha o direito de ter feito isso, não de sumir por quatro dias e me deixar aqui me sentindo um lixo... Você é um grande babaca.

- sou - concordei.

- eu só esperava que tivesse um pouco de consideração e falasse que precisava só pensar, eu entenderia, mas você me deixou aqui... Me deixou me sentir um lixo.

- eu ... Sei... Por favor, só me deixa consertar isso, tá tudo um caos, tudo fora do lugar, mas eu juro que estou sendo sincera sobre o que sinto.

- não dúvido, mas não tô disposta a ficar nesse quero você... Não quero você - Ellen gesticulou colocando a mão sobre seu peito e tirando - Ellen me ajuda, transa comigo ... a não Ellen, eu sou um filho da puta e vou te deixar aqui sem falar nada - ela imitou minha voz.

- não vai ser assim, eu não falei nada porque não queria falar a coisa errada e te machucar - expliquei.

- machucou do mesmo jeito - ela alegou triste.

Andei até ela e coloquei minha mão  em seu rosto, era difícil ser sincero quando havia tantas mentiras, mas falei minha única verdade.

- eu gosto de você, estou apaixonado... É assutador, mas essa é minha verdade, tudo ao meu redor está confuso... Mas não o que sinto, antes sim, antes me sentia confuso... Mas não agora, e naquela noite foi sincero, não foi só necessidade.

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