Pov'Giacomo.
Olhei minha linda Jeanine agora fria, sem vida, peguei sua mão e tirei sua aliança, a pulseira que ela usava e o colar, guardei tudo em meu bolso, me curvei e beijei seus lábios sem vida, boa parte da minha vida foi ao lado dela, abri mão de coisas que não eram tão importantes, mesmo sabendo que meu pai nunca entenderia, por que quando se nasce em uma família da máfia você não tem a opção de sair, não quando você é o único filho, só que por algum motivo ele me deixou.
- eu te amo... Eu sei que alguém vai pagar por isso.
Poderia até estar errado, mas tinha quase certeza que esse acidente não foi um acidente, olhei para meu filho ao lado da mãe, quando Jeanine falou que estava grávida imaginei um menino, mas veio Francesca e eu não pude ser mais feliz do que fui ao ver minha menina, nunca a amei menos, mas quando Julian nasceu a emoção foi outra, era meu herdeiro, meu sucessor, foi quando entendi que meu pai teve que ser muito forte ao me deixar sair.
- meu menino - beijei a testa dele.
Sai do necrotério do hospital e segui até o quarto onde Francesca estava, tudo que me restou foi minha menina, sentei ao lado dela e peguei sua mão.
- vamos ficar bem filha... Eu juro.
Estavam mantendo minha filha anestesiada, o estilhaço quase rasgou seu coração, seja lá quem for a garota que a salvou, minha Francesca só estava viva graças a ela.
Fechei a porta do quarto e fiz uma ligação para alguém que eu não queria vínculos, mas agora precisaria. Fazia algum tempo que não falava com meu pai, desde que conheci Jeanine, ela me pediu para me afastar dele quando soube o que ele fazia para viver, nessa época ainda morava em Roma, estávamos estudando, quando voltei para casa me desvinculei de qualquer coisa que envolvesse a máfia, meu pai não gostou, mas não me forçou a ficar, falou que um dia eu entenderia onde era meu lugar e voltaria, ele estaria esperando meu retorno como o filho pródigo, isso não aconteceu até hoje. Mesmo não concordando ele me ajudou a ter um bom trabalho, comecei a trabalhar com cristais, taças, vasos, etc.. agora a fábrica era grande e com muitos funcionários. Seguia minha vida como alguém comum, ou era isso que eu tentava me convencer.
Ligação on.
- Giacomo? Quanto tempo.
- oi pai - suspirei.
- quanto tempo... Qual motivo da ligação?
- Jeanine e Julian estão mortos, Francesca passou por uma cirurgia de emergência, quase não sobreviveu.
- sinto muito, o que precisa?
- que descubra quem tentou matar minha família... O carro capotou e explodiu, eu acreditaria que ela perdeu o controle se não soubesse o que nossa família faz... Eu sei que isso não foi um acidente.
- acidente? Onde está o carro agora?
- estão levando para perícia... Preciso da sua ajuda, eu sei que me desvinculei do seu ramo de trabalho, mas, preciso da ajuda do meu pai agora.
- não de preocupe filho, seja lá quem foi o culpado, se houver um vai pagar... Já preparou o sepultamento?
- não, não tive cabeça para isso.
- eu cuido de tudo... Te vejo amanhã.
- não está na Polônia?
- estou em Roma, chego amanhã...
- tudo bem - concordei.
- se cuida filho.
Ligação off.
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Vingança, segredos e poder.
Fiksi PenggemarEllen uma jovem recém formada em medicina esta de volta a sua cidade natal na Itália, após. separação dos pais, ela e a mãe partiram para oa estados unidos, perder sua mãe a fez tomar a decisão de se tornar médica. vinda de uma família rica, Ellen n...