²⁰* Eu te amo.

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Pov'Giacomo.

- o que eu fiz? - Ellen soltou alarmada, mau havia parado o carro quando ela desceu, correu em direção a casa que estava destruída.

Destruída foi gentileza, as janelas e a porta estavam destruídas, as paredes todas pichadas, um policial segurou Ellen quando ela tentou entrar. Parei por um momento e tirei fotos das pichações.

- é a minha casa - sua voz era alta e desesperada.

- é uma cena de crime agora.

- crime? - perguntei.

- tem um homem morto lá dentro... está tudo destruído.

Ellen se soltou do homem e entrou, a segui e paramos ao mesmo tempo, não dava pra saber quem era a pessoa, o rosto estava desfigurado, havia um punhal em seu peito. Voltei a tirar fotos, tentando não ser flagrado.

- meu Deus - Ellen se desesperou.

A sala estava destruída, não tinha nada no lugar, o policial nos seguia alertando para não tocar em nada, Ellen seguiu para seu quarto e...

- quem fez isso? Giacomo, destruíram minha casa... minhas roupas.

Havia uma pilha imensas de roupas rasgadas, e várias espalhadas.

- baseado no punhal no peito do homem... máfia - o policial murmurou.

- máfia?

Ellen o encarou, sim Ellen, máfia. Me fiz de confuso como ela, ou pelo menos tentei demonstrar surpresa o suficiente, porque na real eu não estava nada surpreso.

- por que? Não temos nada com a máfia.

- essa casa pertenceu a uma antiga família, provavelmente foi só para deixar um recado, não deve ter nada haver com vocês... mas não pode ficar aqui.

- vamos pra casa - murmurei.

- vamos precisar que deponha em breve, não pode sair da cidade, preciso dos seus dados, e um endereço.

Passei as informações que foi pedido, Ellen parecia que cairia a qualquer momento. Abracei a cintura dela e a levei de volta para o carro.

- minhas coisas, minha vida tá ali.

- Ellen, fica aqui, eu cuido disso.

- Catherina estava certa - ela sussurrou para si mesma.

Fechei a porta do carro e voltei até o policial.

- tem alguma possibilidade de pegar as coisas pessoais dela?

- não tem nada... o que não quebraram, rasgaram ou picharam, foi ateado fogo nos fundos da casa ... não deveria estar falado isso, mas é perceptível que ela não faz idéia do que aconteceu aqui ou porque... Só recomendo ficar longe, se eles fizeram isso, é porque querem algo, e se não é com ela, ela tá no lugar errado.

A casa. Sim, mas eu acreditava que era mais específico, porém concordei com ele e falei.

- ela mudou a poucos meses.

- coitada, péssimo lugar para morar - ele quase riu, mas seria só por frustração.

- sabemos que aqui ou você é cúmplice ou vítima - murmurei.

- exatamente... recomendo que ela não volte. Ou pode realmente ser vítima de um deles.

- vou garantir isso.

_______


Entreguei uma camisa minha para Ellen, e depois um comprimido para enxaqueca, ela queria ir atrás do irmão e do pai, os confrontar, mas eu sabia que não ia adiantar muita coisa, eles mentiram, Eric acabaria fazendo ela sair como tola outra vez, estava ficando cada dia mais difícil mentir, manter ela longe dessa vida, havia alguém querendo mostrar a verdade, uma parte minha tinha certeza que era Giancarlo, mas isso poderia prejudicar os planos dele, quando Ellen dormiu, desci e fui para o escritório, mantive a porta aberta e fiquei olhando para as escadas.

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