⁴⁴* O pedido de ajuda.

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Pov'Giacomo.

Parei ao lado de Francesca, estávamos diante da lápide de Ellen, o lugar que eu tinha total certeza que ela não estava, fazia pouco mais de três semanas desde que repassei as informações sobre Catherine, tudo o que eu sabia, o que não era muita coisa, além do nome, mas também consegui uma foto, que deveria ajudar, eu precisava de qualquer esperança de reencontrar Ellen, não fazia ideia de como seria quando acontecesse, tinha certeza que ela ia me mandar para o inferno, mas ainda precisava arriscar, só precisava saber que ela estava bem, a olhar e saber que mesmo depois de tudo, depois da dor ela sobreviveu.

- pronta para ir?

- queria que Ellen estivesse aqui, e a mamãe.

- eu também filha.



****



Um ano, dois meses e três dias, esse era o total de tempo desde que Ellen "morreu", não tinha conseguido nada sobre ela, nem sobre Catherine, era como se elas tivessem sumido no mundo, minha vida estava de cabeça para baixo, Gabriela me desculpou por minha idiotice, mas não falamos mais sobre a possibilidade de ter algo, eu preferia assim, eu sabia que ela ainda esperava que eu estivesse pronto, mas não via isso acontecendo, não enquanto não soubesse sobre Ellen.

- onde está Francesca?

- no jardim - parei meu caminho e fitei meu pai - está com a babá.

- apareceram mais três dos nossos sem vida.

- acha que é ele?

- não tenho dúvidas, ele sabe que Gabriela está aqui... Ele vai tentar entrar em contato com ela

- Stefania sugeriu entregar ela.

- Stefania é radical... Esqueceu que somos família.

- não disse que concordo - murmurei.

- ela gosta de você - meu pai sorriu, um sorriso autêntico, não o irônico , o que me assustava ainda mais.

- não a vejo assim - voltei a caminhar em direção as escadas.

- deveria recomeçar.

- não tem recomeço para nós, pai - voltei a encarar ele - descobri isso quando perdi Ellen.

- sinto por isso, mas Gabriela entende nosso mundo, ela não tem medo dele.

- esse não é o problema - segui meu caminho.


****


Sentei na cama quando vi o e-mail que recebi, um endereço completo de uma cidade pequena nos Estados Unidos, seria totalmente desconhecida se não fosse o hospital de ponta que estava situado no lugar, olhei a foto da garota vestida com uniforme hospitalar, Catherine, havia várias fotos dela, mas não de Ellen, mas junto havia o endereço de uma casa, respondi o e-mail. Agora eu só tinha mais uma dúvida, como iria atrás dela sem que Giancarlo soubesse para onde realmente iria, era quase impossível fazer uma viagem sem ter que explicar onde e porque iria, e só tinha uma pessoa que poderia me ajudar.

- Stefania.

- oi - ela parou na porta do meu quarto.

- vem aqui - levantei da cama e a puxei para dentro do quarto, depois tranquei a porta,e a arrastei até o banheiro, fechei a porta também.

- tá louco?

- não - sorri para ela - você sabe que apesar de pensarmos diferente, eu te amo né?

- tá louco ou tá se drogando - ela me olhou feio.

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