Pov'Giacomo.
Olhei em volta daquele lugar, chegava a ser assustador, mas era só um quarto o quarto que pertenceu ao garoto que fui um dia, agora estava quase vazio, a não ser pelos móveis cobertos por panos e o berço no meio do quarto, gostava desse detalhe em particular, os berços não ficavam em um canto escondido, e sim no centro do quarto, com o mosqueteiro pendurado no teto, e em volta dele, de onde a criança dormia ficava sua vida, imaginei muito ver meu filho em um berço, não esse, não naquela casa, a casa onde nasci. Só queria ter vivido isso outra vez, a essa altura ele estaria completando seu sexto mês de vida, de uma vida que nunca aconteceu, me perguntava todos os dias o que Ellen deveria sentir, culpa? Vazio? Medo? Tristeza? Tudo junto? Será que ela estaria sozinha? Foi então que me ocorreu.
- Catherine!
Peguei meu celular e digitei no explorador "doutora Catherine Scorsone" apareceu uma página no Instagram, última postagem a mais de um ano, Ellen estava com a amiga, se eu encontrar uma encontrarei a outra, pesquisei sobre ela no Facebook, e nas páginas de hospital de Seattle, nada recente, não que me ajudasse a encontrar Ellen, fiquei olhando uma publicação de uns três anos atrás, as duas juntas no hospital onde fizeram residência, Ellen sempre foi linda, sempre sorridente, senti meu peito doer se imaginar que talvez não fosse assim agora, será que ela era feliz?
- muito longe? - ouvi aquela voz aveludada, era sedutora demais, provocante de forma intencional, sempre arrastada.
- alguns anos atrás - concordei guardando o celular.
- imagino, onde está a sua cama?
- esse era o quarto de bebê, depois mudamos... Nunca chegaram a trocar - expliquei.
- claro... E o que faz aqui?
- Giancarlo está insistindo para que mudemos, e segundo ele "não é uma sugestão" ... Estou pensando em transformar esse quarto, em um quarto para menina.
- claro, Francesca - ela sorriu.
Gabriela era aquele tipo de mulher que sua existência já era pura sedução, e parecia que ela estava determinada a me seduzir, eu estava fugindo disso, já fazia mais de um ano desde que Ellen foi embora, mas saber que ela estava em uma parte do mundo me fazia sentir culpa só de pensar em estar com outra mulher.
- sim, por falar em Francesca, preciso ir - tentei passar por ela, mas a garota estava parada na porta, quando tentei passar ela segurou meu braço.
- porque está fugindo de mim?
- não estou, só preciso buscar minha filha na escola - me fiz de sonso.
- não só agora, eu não sei o que fazer para deixar mais claro.
- mais claro? - ainda me fazia de desentendido.
- Gio - senti sua mão subindo por meu braço, péssima idéia, senti meu maxilar contrair involuntariamente, mais de um ano sem tocar intimamente uma mulher não ajudava, senti cada particula do meu corpo reagir, não era um sentimento amoroso, era só tesão acumulado, unido a beleza dela.
- Gabriela, isso é uma péssima ideia - falei ainda com maxilar serrado, não queria ceder aos meus instintos, não queria me sentir traindo Ellen, ou me traindo, não queria me sentir bem com uma mulher, não queria na verdade que fosse outra mulher, queria os beijos, o toque, as carícias e carinhos, os abraços de uma única mulher.
- discordo - sua mão subiu mais, até minha nuca, não seria tolo de falar que não sabia o que aconteceria se não me afastasse agora, e nem dissimulado em falar que não queria, só queria que a mulher fosse outra, mas não aconteceria, nem agora e talvez nunca, fitei o rosto de Gabriela, seus lábios ficaram entre abertos depois daquela única palavra, como se esperassem por mim, avaliei cada detalhe da sua boca, normalmente estava sempre pintado de vermelho, um vermelho sangue, mas hoje em especial estavam apenas com um gloss que os deixava com um toque feminino, quase inocente, cedendo ao meu desejo toquei os lábios dela com meu polegar, eram macios e convidativos, seus olhos se fecharam a espera do beijo, só mais um passo e nossos corpos se tocariam, só precisava me curvar um pouco e meus lábios tocariam os dela, eu queria isso, sim, queria muito, queria arrancar as roupas dela, beijar seu corpo todo, cada parte dele intensamente, ouvir meu nome sendo sussurrado com prazer.
Parei de lutar contra meu bom senso e uni nossos lábios, ouvi o gemido que saiu do fundo da sua garganta quando finalmente a beijei, e que beijo, sentia sua língua em busca da minha, seus lábios apertando os meus como se fosse possível estar mais colocados. Apertei meu corpo contra o seu, já estava duro, e queria estar dentro dela, virei nossos corpos até estar precionando a garota agora contra a parede, puxei a porta de uma única vez para fechar, sentia as mãos ágeis de Gabriela abrindo minha blusa e depois minha calça, as minhas mãos puxavam a saia de couro que ela usava para cima.
Não sei o que ela esperava, não queria pensar em romantismo e coisas do tipo, se ela esperava por isso teria que falar antes de estar dentro dela, porque teria que falar que não poderia lhe dar mais do que o que aconteceria ali naquele quarto, parei minhas mãos em seu corpo e puxei minha carteira do bolso e de dentro dela um preservativo, ouvimos quando minha carteira caiu no chão, mas não fazia diferença.
Quando estávamos ambos prontos, a puxei para cima, e a penetrei, nossos gemidos saíram ao mesmo tempo, era errado estar dentro daquela mulher e estar pensando em outra? Meu corpo tocava Gabriela, beijala Gabriela, sentia Gabriela e ouvia os gemidos de Gabriela, mas minha mente estava em Ellen, era com ela que desejava estar, tentei a afastar da minha mente, me desconectar minha mente só por alguns minutos, e aproveitar aquele prazer carnal.
- Gio que gostoso - ouvi o gemido abafado dela, desci meus beijos por seus pescoço, inalei sei, sentia meu corpo vibrar em agradecimento aquele prazer carnal, a cada movimento me sentia mais leve, fazia um tempo que não me sentia assim.
- Ellen - soltei, não levou um segundo para saber a merda que havia feito, não levou um segundo para sentir o tapa em meu rosto.
- seu Figlio di puttana, bastardo, lasciami andare....
Nunca tinha ouvido um vocabulário de palavrões tão bom, não saindo de uma mulher, a desci devagar, e me afastei, observei Gabriela se ajeitando e fiz o mesmo, ela me olhava com ódio enquanto tentava ajeitar sua saia e sua blusa.
- Gabriela!
Ela me encarou com amargura, eu tinha estragado mais uma coisa. A garota saiu do quarto sem falar mais nada, me senti um cretino, o pior de todos, foi um erro transar com Gabriela, foi por isso que fugi tanto, porque Ellen não saia da minha mente.
- parabéns Giacomo, parabéns - suspirei.
Ajeitei minhas roupas e sai do quarto, passei em frente ao quarto onde Gabriela dormia, a porta estava fechada. Pensei em bater, mas sabia que agora ela não ia falar comigo, no máximo que ganharia seria outro tapa, e merecido.
*******
- não acho uma boa ideia - tentei outra vez.
- acredito que seja... Não quero você e Francesca desprotegidos, caso ele decida aparecer.
- você tem falado disso a meses, e não vi ninguém aparecer.
- acredite Giacomo... Não tenho a intenção de controlar você - meu pai levantou e apoiou as mãos sobre a mesa - não é manipulação... É a segurança da sua filha que tem passado mais tempo sobre os olhares de uma babá despreparada para a nossa realidade.
Engoli em seco, não tinha uma resposta para aquilo, eu sabia quando Giancarlo tentava me controlar ou me manipular, e a não ser que ele tenha aprendido a mentir ainda melhor do que já fazia, suas palavras eram realidade.
- tudo bem. Nós vamos mudar.
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Apareci.
Não me matem
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Vingança, segredos e poder.
Fiksi PenggemarEllen uma jovem recém formada em medicina esta de volta a sua cidade natal na Itália, após. separação dos pais, ela e a mãe partiram para oa estados unidos, perder sua mãe a fez tomar a decisão de se tornar médica. vinda de uma família rica, Ellen n...