Capítulo 30

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— Isso tudo é muito promissor, Sr. Snape, — disse Poppy. — Você pode sair da enfermaria hoje. Sem varinha por alguns dias, já que aquela mão ainda é frágil. Mas você pode passar o dia e aproveitar o Natal.

Poppy havia finalizado outra rodada de exaustivos testes de diagnóstico, que Hermione assistiu silenciosamente e freneticamente tentou se lembrar para que ela pudesse colocar algumas anotações em seu caderno mais tarde. Snape sentou-se placidamente na cama, vestindo um pijama azul marinho simples que era um pouco 'estranho' na aparência. Um sinal claro de que foram transfigurados. Hermione decidiu que eles eram provavelmente um par padrão de uma pilha que Poppy puxou e alterou para se adequar. Ela tinha vagas lembranças de ter um par semelhante durante o embaraço polissuco-pelo de gato.

Snape olhou para Hermione. Ela sorriu de uma forma que esperava ser encorajadora.

— Então. Acabei de voltar para a minha sala comunal? — ele perguntou.

— Se você quiser, — disse Poppy. — Certifique-se de chegar para o almoço.

— Nós temos outra coisa primeiro, — disse Hermione. — Então o almoço.

Poppy acenou com a cabeça. Ela enfiou a mão no bolso e tirou uma pequena caixa amarrada com uma fita vermelha e deu a Snape.

— Adorável, — disse ela. — Feliz Natal, querida.

Snape olhou para a caixa e de volta para Poppy.

— Obrigado, Madame Pomfrey, — ele disse.

Poppy sacudiu sua varinha e as cortinas subiram ao redor da cama. Hermione deixou Snape para se trocar enquanto ela atacava a lata de biscoitos de Poppy. Aquelas bolachas de chocolate mergulhadas seriam a morte dela. Depois de consumir dois biscoitos e meio (não adianta deixar um quebrado ali) deliciosos biscoitos quebradiços, ela ouviu um barulho atrás dela. Snape estava lá em sua calça jeans e camiseta e puxando um suéter de lã grosso e robusto sobre sua cabeça.

— Onde estamos indo? — ele perguntou quando sua cabeça reapareceu. Ela conteve uma risadinha de seu cabelo. Pessoas com cabelos incontroláveis ​​precisavam ficar nas costas umas das outras, o que significava não rir dos cabelos da cama. Não importa o quão indisciplinado fosse.

— Eu pensei, — Hermione disse um pouco nervosa, caso fosse uma péssima ideia. — Achei que você gostaria de visitar sua mãe hoje. Você sabe, para o Natal. —

Snape apertou um pouco a mandíbula, mas deu uma sacudidela rápida com a cabeça que ela interpretou como um aceno de cabeça.

— Tudo bem, — disse ela com algum alívio. — A Professora McGonagall está no escritório do Diretor esta manhã. Ela vai nos deixar passar pelo Flu.

— Tudo bem, — disse Snape.

Hermione estava um pouco nervosa com o quão quieto Snape estava durante a caminhada até o escritório do diretor, a viagem pelo flu e a eventual labuta pela longa escada até o jardim. A bruxa na porta os reconheceu e os deixou entrar com um sorriso.

Eles caminharam juntos em silêncio até chegarem ao lago e à familiar rocha plana. Hermione se sentou na grama enquanto Snape se inclinava e estendia um dedo para a superfície da água. Ondulações surgiram com seu toque, revelando o rosto sorridente de sua mãe.

A quietude do jardim pareceu esmagadora para Hermione por um breve momento enquanto Snape olhava para a água. Ela se sentia como se estivesse se intrometendo, mas não tinha certeza do que fazer a respeito.

— Feliz Natal, mamãe, — ele disse muito suavemente.

Ele deu um passo para trás duas vezes e sentou-se ao lado de Hermione. Ele furtivamente enxugou um olho com a manga de seu suéter cor de carvão. Hermione enfiou a mão na bolsa e tirou um lenço. Ela entregou a ele e ele pegou, mas não fez nada além de segurá-lo. Por fim, ele o devolveu e ela o guardou.

Time Mutable Immutable - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora