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Acordei no dia seguinte com o som infernal do meu despertador.

Não seria exagero falar que eu tenho trauma deste som, porque realmente tenho.

Só de ouvir aquele barulho perturbador realmente me dá vontade de fugir.

Pensei nas possibilidades disponíveis que eu tinha no momento: levantar agora sem nenhuma vontade, ou deitar  novamente na minha cama para dormir.

A segunda opção parecia bem atraente, se eu não soubesse o pai que tenho.

[...]

— Isabel, Isabel sua surda eu estou falando com você! - ouvi Sarah me chamar e voltei a realidade.

Não que eu tenha saído dela em algum momento, a culpa é do sono.

— Oi, o que foi? - perguntei encarando minha amiga que ria.

— Você está dormindo ainda só pode, se até do meu lado já não escuta, imagine naquela sala. - ela falou e eu ri apoiando a cabeça no ombro dela.

— Ai Sarah, quem dera estar dormindo na minha cama. - falei passando a mão no rosto de sono.

Faltavam apenas 5 minutos para o portão central abrir e todos irem para as suas salas.

— Boo! - ouvi alguém gritar atrás de mim e juro que se antes eu não cai de sono dessa vez eu cairia.

— Tá doida Emilly?! Quase me mata do coração, menina. - falei e a garota riu me abraçando e abraçando Sarah em seguida.

— Ah, os sustos da Emilly são melhores que os meus, isso não vale! - Sarah falou cruzando os braços e eu ri.

— Os seus sustos não assustam nem uma criança de 6 anos Sarah!  - Daisy falou ao lado de Emilly e eu coloquei a mão na boca tentando disfarçar uma risada.

Realmente era verdade.

— Você está falando isso só por conta daquela vez em que o garoto do fundamental 1 olhou para mim como se eu fosse doida depois de tentar dar um susto? - ela perguntou franzindo o cenho e nos rimos.

— Exatamente por isso!

— Juro, eu quase havia me esquecido dessa vez, obrigada por me lembrar disso Sarah. - Daisy falou ainda se recuperando depois de rir e minha amiga revirou os olhos.

Logo em seguida o sinal bateu, e se antes eu queria voltar para a minha cama agora que eu quero mesmo.

Eu e Sarah nos despedimos de Daisy e Emilly indo para a nossa sala.

Coloquei a minha mochila ao lado da mesa me sentando no meu lugar encostado na parede. Sarah estava do outro lado também encostada na parede.

Me estiquei toda tentando dar um tchauzinho para ela que riu mandando outro de volta.

[...]

Já era o último horário, e graças á Deus havia passado rápido dessa vez.

— Bom dia. - o professor de química falou entrando na sala deixando sua pasta e mochila preta em cima da mesa.

Ele é todo baseado no preto, desde a roupa até os acessórios, acho que gosta bastante da cor.

— Hoje a aula vai ser no laboratório, todos vocês vão levantar devagar da mesa para irmos, ouviram bem? - o professor disse, mas assim que terminou a frase todos nós já saímos da sala rapidamente

Falou em "sair de sala" é com a gente mesmo.

O laboratório de química ficava no andar de cima, basicamente subindo uma rampa.

O último anoOnde histórias criam vida. Descubra agora