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Hoje eu tinha acordado cedo, quando desci até a cozinha apenas minha mãe e minha vó estavam acordadas. Ambas fazendo o típico café que adoravam tomar de manhã.

— Bom dia. — eu digo com a voz rouca, levando a mão até o rosto devido ao sono. Minha mãe e minha vó olham para mim com um sorriso. As duas dizem em uníssono um "Bom dia".

Sentei em uma das cadeiras perto da bancada e minha vó aparece com uma caneca de chocolate quente para mim. Ela sabe que gosto mais dessa bebida do que café.

— Obrigada, vó. — agradeço com um sorriso pegando na caneca que graças ao líquido quente presente aquece minha mão.

— Já saiu para comprar algo na cidade? — minha mãe pergunta e eu nego.

Estamos aqui há 6 dias, daqui há 9 vamos embora. A escola em si vai voltar depois de uma semana que voltarmos para casa, o que é realmente uma grande tristeza.

— Na verdade ainda não. — digo com sinceridade.

— Vá essa tarde, querida. Lá tem tantas roupas bonitas, tenho certeza que vai gostar. — minha vó diz.

— Vou chamar Lucas para ir comigo. — falo naturalmente e minha mãe e minha vó abrem imensos sorrisos. O que talvez me deixe um pouquinho nervosa. — Melhor pararem com esse sorriso. Receio que se continuarem com isso durante 3 segundos seus músculos terão danos irreversíveis.

Elas riem, mas pelo menos param com aquele sorriso estilo coringa. Estão concentradas fazendo alguma comida diferente, mas ainda posso escutar minha vó murmurar baixinho para minha mãe: "Eu disse que eles iriam namorar no futuro. Ele é ideal para, Isabel. Finalmente ela teve bom gosto." Ouvindo isso, cerro os olhos e nego com a cabeça terminando de beber meu chocolate quente.

[...]

Depois que eu tomei café rapidamente fui atrás de tomar um banho, me arrumar e chamar Lucas para irmos até o centro da cidade em busca das lojas. Ele não pareceu entender muito bem, mas mesmo assim não contrariou a ideia enquanto também se arrumava e pegava a chave do carro para irmos.

A casa onde nós estávamos ficava mais para o fim da cidade, então ir ao centro dela para achar as lojas, teoricamente demoraria mais, porém Lucas acabou ficando sem paciência com o grande trânsito e simplesmente cortou caminho entrando em uma estrada de terra. Confesso que tinha desacreditado nas habilidades do garoto e por longos segundos pensei que nós iríamos nos perder sem um GPS, mas surpreendentemente chegamos 15 minutos mais cedo do que chegaríamos se Lucas tivesse continuado naquele trânsito.

— Deixe-me adivinhar, vamos ficar o dia todo aqui? — Lucas pergunta me avaliando enquanto eu olho para as várias opções de loja.

Aqui tem de tudo um pouco, todo e qualquer estilo de roupa, mas também joias, artesanato, além de lembranças de viagem.

Eu olho para ele novamente e dou um sorriso.

— Acertou.

Eu seguro na mão dele, que enlaça os dedos nos meus. Não sei bem por onde quero começar. O centro da cidade é imenso e tudo o que mais tem aqui são lojas. Resolvo olhar na vitrine, se me interesso por algo eu entro na loja e experimento. Se eu gostar da estética da roupa compro.

Até que, caminhando pelos corredores e pelas lojas vejo um quadro de avisos com notícias da cidade que me faz parar por um momento para ver as informações.

— Ah, meu Deus! Eu tinha me esquecido da festa da cidade. — digo e Lucas franze o cenho antes de ler a mesma notícia que eu li.

— Me explique sobre isso. — ele diz me fazendo sorrir.

O último anoOnde histórias criam vida. Descubra agora