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Estávamos na escola agora, em uma aula diferente, da qual a maioria dos alunos não participava. A aula de dança. Os ensaios tinham começado ontem, e duravam em média 2 horários inteiros.

Todos estavam aqui para ensaiar para o baile de gala, que aconteceria daqui 3 dias, mas precisávamos nos antecipar já que os preparativos eram muitos.

José, o coordenador também tinha selecionado algumas pessoas que "organizariam" o evento, para montar algumas decorações junto com outros superiores da escola. Sarah, eu, Marcos e Lucas fomos alguns dos escolhidos.

Mesmo desejando ficar na minha cama a maior parte do dia eu não podia recusar, até porque meu pai com certeza reclamaria disso. Além do mais, eu poderia ficar algumas horas na escola depois do período de aula, até porque ganharia pontos extras.

Sempre gostei de planejar as coisas, organizar, montar, decorar. Foram e ainda são interessantes pra mim.

Eu e Sarah aceitamos quando José disse nosso nome, mas em compensação quando ele disse o nome de Lucas e Marcos, praticamente os obrigou sem nenhuma opção de escolha. Já que de acordo com ele, os garotos eram titulados como "os problemas" então o mínimo que fariam era ajudar a comunidade escolar, depois de tanto aborrecimento.

De uns tempos pra cá, eles vem parando de aprontar com tanta frequência, no máximo uma notificação por semana, o que é pouco, considerado que mês passado os dois praticamente levavam umas 15 a cada dia.

— Aí, vai pisar no meu pé de novo, Marcos! — Sarah diz, brava, e a professora para novamente a música, negando desesperadamente com a cabeça.

— Cavalheiros, por favor! Não queremos passar vergonha, sim? Então façam o favor de não pisar nos pés da acompanhante de preferência. — a professora diz, olhando para Marcos com reprovação.

— Não tenho culpa se ela tem um pé de ogro. — ele diz baixinho e Sarah abre a boca indignada antes de dar um tapa no braço do garoto. A professora se coloca rapidamente na frente dos dois, tirando a mão de Marcos que estava na cintura de Sarah.

— E nada de agressão senhorita Clark.

— Ele disse que eu tinha um pé de ogro! — Sarah justifica fazendo todos rirem.

— Marcos querido, um cavalheiro não diz coisas como essa. — a professora diz, batendo o pé no chão repetidas vezes. Tenho a impressão de que ela realmente acredita que Marcos é um cavalheiro, mas bom...acho que não é bem assim.

Não vou dizer nada, muito menos julgá-la, até porque neste exato momento Lucas ainda está com o braço acima de minha cintura, olhando fixamente para mim, e bom, parece se segurar para não me puxar ainda mais para perto, a ponto de grudar nossos corpos.

— Em compensação vou perdoar vocês dois, somente porque tem química. — a professora diz, voltando ao seu lugar atrás da bancada, onde o som ficava. — Aliás, se todos vocês tivessem a química e presença que Marcos tem juntamente com Sarah, e Isabel tem com Lucas, nós estávamos feitos! — fala, suspirando.

Todos parecem estar impacientes, tenho a sensação de que Madelyn provavelmente tinha a vontade de voar pra cima de mim, e tentar agarrar Lucas, mas isso não aconteceria.

Ela ficou com Ethan, que também pareceu querer esganar a cara de Lucas, mas sabia que se tentasse fazer isso falharia miseravelmente. Tenho que admitir que a garota combina com o meu ex namorado, os dois são ridículos e insuportáveis. O que me deixa com medo de vê-lós juntos, imagina a arrogância redobrada?

A professora está novamente brigando com outros alunos, recolocando eles em seus devidos lugares.

— Não querido, a mão deve ficar aqui! Aqui. — ela diz, com algum garoto que está mais para o fundo da sala e tenho a impressão de que só aceitou treinar a nossa sala para este baile porque seu salário provavelmente se multiplicaria.

O último anoOnde histórias criam vida. Descubra agora