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No dia seguinte eu acordei cedo novamente para ir à escola.

As meninas tinham ido embora ontem umas 18:00h, e depois dessa horário eu fui dormir novamente.

Hoje também seria o dia em que as atividades extra curriculares que eu e as meninas fizemos a inscrição, quer dizer, não só nós, mas basicamente 90% da escola.

[...]

— Não recebo nenhum beijo de despedida? — perguntei para Esther assim que chegamos na porta da escola e ela já iria descer a rampa para ir a sua sala de aula.

Minha irmã sorriu caminhando até mim novamente arrastando sua mochila de rodinha rosa cintilante, exatamente a sua cor favorita.

Ela me deu um beijo na bochecha e eu sorri vendo Esther entrar na sala toda animada.

Confesso que sinto saudades da época em que tinha a idade dela, as coisas eram tão fáceis, e o melhor de tudo, a escola não era um fardo tão grande como é hoje.

Graças ao novo horário das atividades extracurriculares eu não sairia mais 12:30 da escola, e sim 13:15.

O sinal bateu, mas eu ainda não tinha visto Sarah, nem Daisy e nem Emilly.

Essas garotas que nem ousem me deixar aqui sozinha.

Entrei na sala me sentando no meu lugar de sempre graças aquele mapeamento de merda, que eu realmente espero que mude logo.

Como o professor ainda não tinha chegado na sala eu peguei meu celular para mandar uma mensagem para Sarah, mas antes que pudesse até mesmo clicar em cima do seu contato ela chegou.

Assim que me viu abriu um sorriso acenando com uma mão, e eu sorri também retribuindo o gesto.

Ela deixou a mochila perto de sua mesa e vejo até mim, se abaixando um pouco de modo que seus cabelos castanhos longos caiam sobre minha mesa.

— Pensei que não viria! — falei e Sarah sorriu.

— Calma, ainda não estou doida de te abandonar nessa sala ridícula por uma manhã completa. — ela falou

— Ainda bem, caso contrário eu invadiria a sua casa, hum?

— Bom, isso não é uma coisa que você já não faça...— ela falou e eu dei um tapa de leve em sua testa.

— Para, eu quase nunca chego de supresa. — falei e Sarah fez uma cara de descrença. — Tudo bem, ás vezes eu chego, mas só quando a tia Marília faz aquelas tortas maravilhosas! — eu disse já com fome só de me lembrar daquilo.

— Ai pare de ser puxa saco, minha mãe não pode fazer uma torta aos domingos que me pede para te chamar para comer, todas as vezes! — Sarah falou deitando a cabeça sobre a minha mesa e eu ri.

— Ótimo, sinal que ela conhece bem a melhor amiga da filha dela. — eu disse e Sarah revirou os olhos, mas antes que pudesse responder o professor chegou na sala.

— Bom dia galera! — ele falou animado.

— Bom dia! — todos responderam em uníssono e o professor sorriu.

Sarah se despediu de mim com um breve abraço e foi novamente para o lugar dela, do outro lado da sala.

Merda de mapeamento.

Olhei para trás vendo a cadeira vazia.

Lucas não tinha chegado, o que era maravilhosamente bom, já que significava que eu iria ter paz pelo menos no primeiro horário de aula.

Me virei para frente observando o professor escrever algo no quadro.

O professor Thiago, de filosofia presente na sala agora, era até que suportável. Um dos poucos trabalhadores naquela escola que realmente pareciam gostar do que faziam.

O último anoOnde histórias criam vida. Descubra agora