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Estava saindo da escola, praticamente atravessando o portão dando glória a Deus quando fui puxada pela cintura.

Lucas.

Esther, minha irmã estava ao meu lado, e deu um sorrisinho ao ver aquilo.

Essa garota...

Lucas, olhou para a minha irmã com um sorriso cumprimentando ela, que aparentemente gostou dele.

— Você é amigo da Bel? — Esther perguntou.

— Não. — me apressei em dizer, mas Lucas tomou frente me ignorando completamente.

— Sou amigo da sua irmã sim, ela só não concorda muito com a ideia. — ele sussurrou e minha irmã assentiu com a cabeça algumas vezes parecendo entender.

— Esther, espere aqui um minuto, eu já volto. — falei puxando Lucas pelo braço para um canto mais afastado e longe.

— O que está fazendo?! — perguntei baixo e Lucas se inclinou um pouco para perto de mim.

— Quero saber quando você vai na minha casa. — falou e eu franzi o cenho.

— Nunca. — eu disse simples

— Pare de ficar sempre na defensiva, loirinha. — ele falou. — Estou querendo saber apenas pelo trabalho, garota. — revirei os olhos me lembrando daquilo, já que tinha me esquecido completamente.

— Não estou na defensiva. — falei

— Ah, não? — ele perguntou se aproximando até demais de mim, me deixando nervosa.

— Não. — neguei e agradeci pela minha voz sair firme.

— Vai me dizer que não está nervosa então? — Lucas perguntou.

— Não estou.

— Você costuma sempre mentir assim? — ele perguntou inclinando a cabeça de leve.

O quê? Não.

Acredito que nunca falei tanto "não" na minha vida.

Mentirosa. — Lucas falou com um sorrisinho de canto, o qual eu estava em uma batalha travada para saber se gostava ou odiava. — Vamos ver então, não fica nervosa com isso, Isabel? — ele perguntou pressionando minha cintura com um mão, mas a outra deu uma leve subida pela minha coxa, acariciando.

Merda, merda, merda.

— Responda, fica ou não? E nem tente mentir dessa vez. — sussurrou em meu ouvido subindo ainda mais a mão e eu suspirei fechando os olhos.

Fala Isabel, fala que quer que ele pare.

Mas eu não quero que Lucas pare, merda.

O material frio dos poucos anéis que ele usava entrava em contraste com sua mão quente.

Seus dedos estavam acima da barra da saia preta curta do uniforme que eu usava.

Eu queria dizer alguma coisa, mas nada saia, e isso só piorou quando ele se aproximou muito da minha boca, seus lábios quase roçando nos meus, me provocando, e eu pensei que perderia o pouco de sanidade que me restava.

A mão que estava em minha cintura subiu até a minha nuca, e foi aí que eu soube que perdi algo que nem sequer estávamos jogando.

Estremeci mais uma vez.

— Diga, loirinha, quer que eu pare? — perguntou mais uma vez, sua voz rouca só ajudou para que eu perdesse minha concentração mais uma vez, ele depositou um beijo suave em meu maxilar e me segurei para não fechar os olhos com aquilo.

O último anoOnde histórias criam vida. Descubra agora