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No final acabou que optei por não ir com a minha mãe para o ateliê, o que provavelmente não tinha sido a melhor decisão, mas decidi esquecer isso, até porque tinha algumas coisas para fazer, e outras atividades atrasadas.

— Esther, sua mochila já está toda pronta? — perguntei vendo minha irmã terminar de calçar seu tênis.

— Sim, mamãe me ajudou á arrumar ontem. — ela disse e eu assenti.

— Vamos então. — falei, mas antes de sair olhei para o relógio da cozinha, merda estávamos atrasadas para a escola.

Na verdade era comum de acontecer, e eu nem devia estar preocupada com isso, somente a primeira semana de aula é digna de boas impressões, agora que estamos praticamente encerrando o primeiro mês de aula e iniciando o segundo nem me importo mais.

[...]

Já depois da aula eu estava onde menos queria estar.

Na casa de Lucas.

Bom, o que eu poderia fazer afinal? De qualquer modo era mais que necessidade fazer esse trabalho, até porque vale nota, e eu odeio ficar sem nota.

Nem sequer tinha aberto o aplicativo da escola para pelo menos ficar ciente do que o tal trabalho tratava, mas espero que não seja nada mais do que um trabalho simples e impresso.

A casa dele não ficava muito longe, mas também não tão perto.

Era grande até demais, bem maior que a minha casa, e eu já ficava perdida somente de olhar para a frente da casa, que na verdade parecia mais um palácio gigante.

O pai dele é uma figura muito importante na sociedade.

Me lembrei das palavras que meu pai havia dito umas semanas atrás. Realmente está explicado.

Bati na porta que era quase 3x o meu tamanho, e olha que eu nem era tão baixa com os meus 1,70 de altura.

Não demorou muito e a porta foi aberta, eu já estava rezando para acabar logo bem antes disso.

— Loirinha. — Lucas disse abrindo a porta e eu dei um sorrisinho.

— Garoto rebelde. — saudei e entrei na casa quando ele me deu passagem.

Merda, se aquela casa era grande por fora por dentro então é quase uma cidade inteira.

A decoração combina com todo o restante da casa que parece ser totalmente planejada pelos melhores arquitetos.

Poucos dias atrás eu fiquei sabendo que minha mãe conhece a mãe de Lucas, não só isso, elas são amigas, graças aos encontros que meu pai faz com investidores da escola, minha mãe conheceu ela.

Sim, acredite eu quase caí pra trás quando escutei isso.

Deixando meus pensamentos de lado e voltando a me concentrar para observar a casa só pude perceber quão linda ela é.

— Quantos quartos tem isso aqui? — perguntei finalmente me lembrando que Lucas estava atrás de mim, provavelmente me vendo observar a casa.

— 18.

— Puta merda, tá brincando? — eu disse um pouco chocada olhando para trás, e Lucas apenas inclinou um pouco a cabeça com seu típico sorrisinho de canto.

Ok, ele não estava brincando.

Minha casa era consideravelmente grande, mas comparada com isso daqui parecia uma casinha de bonecas.

— E quantas pessoas moram aqui? — perguntei

— Duas. — disse e eu franzi o cenho. — Minha mãe e eu.

Esse garoto tá me deixando mais maluca do que eu realmente já sou em dias normais.

— E seu pai?

— Não considero que ele more aqui. — Lucas disse dando de ombros.

Decidi ficar calada porque cada vez me sentia mais confusa com aquilo, e toda hora que ele tentava explicar só piorava a situação de qualquer modo.

Como que aquele palácio tem 18 quartos e apenas 2 pessoas moram lá dentro? Impossível.

— Vai ficar aí olhando mais ou vamos logo fazer o trabalho? — perguntou e eu revirei os olhos.

— Tudo bem, mas só porque eu quero ir embora logo para a minha casa. — falei e ele cruzou os braços me encarando. Seu abdômen definido estava marcando a sua camisa preta e...espera, por quê diabos eu estou olhando para o abdômen do garoto?!

— Não parecia querer voltar pra lá enquanto estava tão concentrada parecendo deduzir qual foi a cor do papel de parede escolhido nessa casa. — falou e eu respirei fundo.

— Parece impossível ter uma conversa decente com você sem haver a vontade de te xingar. — murmurei.

[...]

No final do dia eu estava novamente na minha casa.

O trabalho com Lucas não tinha sido tão ruim quanto eu pensava, tirando é claro o fato dele não parar com suas provocações e brincadeiras o tempo todo.

Quando ainda estava na casa dele com o aplicativo da escola aberto recebi uma notificação, um aviso no caso, que depois de amanhã iria acontecer um passeio escolar.

Ok, passeio escolar é apelido. A gente iria passar 3 dias em um hotel da escola, para participar de competições, todo o ensino médio participaria, mas é claro cada um em um ônibus diferente.

A gente competiria com equipes de outras unidades da nossa escola, mas também com outras diferentes.

Caso ganhássemos todas as rodadas a gente voltaria no final do ano novamente, antes da formatura.

— Argh, eu odeio esportes, como sequer vou jogar?! — Sarah perguntou quando ainda estávamos em ligação e eu ri.

— Se acalme, qualquer coisa você inventa uma cólica e pede para ser substituída. — falei

— Que ótimo exemplo Isabel Williams. — ela disse e eu dei de ombros.

— Pense pelo lado bom, ficaremos no hotel, com direito a piscina no tempo em que não estivermos treinando! Por 3 dias inteiros, puta merda Sarah, isso é ótimo!

— Tem razão, essa é a parte boa. — ela disse. — Mas a parte ruim é ter que ficar durante 3 horas naquele ônibus.

— Só dormir. — falei e minha amiga sorriu como se eu tivesse relembrado a ela uma ideia mais que perfeita.

— Dormir sempre salva vidas. — Sarah disse e eu assenti.

— Sempre, minha amiga, sempre.

***

Oioi, como vocês estão? Bom espero que bem!

Não me matem pelos míseros detalhes sobre o trabalho do Lucas e da Isabel, acontece que logo mais irão acontecer algumas coisinhas, e esses dois ficarão juntos até demais...

Enfim, enfim, só isso que irei falar! Aguardem os próximos capítulo hahah, beijo beijo e até mais

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