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Hoje era outro dia, e eu estava novamente na escola.

— Parece que caminhões passaram por cima de você. — Marcos disse ao lado de Sarah e eu revirei os olhos.

— Marcos? — minha amiga chamou e ele olhou pra ela. - Fique quieto. — disse

— Tá bom amor, desculpe. — o garoto falou prendendo os lábios e eu sorri.

— Fale a verdade, parece mesmo que caminhões passaram por cima de mim? — perguntei e minha amiga analisou.

— Sou sua amiga, não posso mentir, dizer caminhões é um exagero, talvez um caminhão somente. — ela falou e eu deitei a cabeça na mesa.

— Só se for um caminhão bem grande...— Marcos murmurou baixinho e Sarah deu um tapa no braço dele.

O intervalo já tinha acabado uns 5 minutos atrás, a professora de educação física já tinha chegado na sala, mas pareceu não se importar muito com o barulho que todos estavam fazendo.

— Certo, gente, por favor, todos fiquem em seus lugares para a gente fazer a chamada e descer para a quadra. — a professora finalmente disse.

[...]

Já estávamos na quadra, hoje infelizmente não seria vôlei, e sim futebol, mas o método de aula continuava o mesmo, o time dos garotos jogava primeiro durante 20 minutos, e depois o time das garotas jogavam por 20 minutos.

A gente já tinha jogado, então agora era a vez dos garotos.

— Marcos e Lucas vão jogar no mesmo time, não vão? — Sarah perguntou para mim.

— Vão sim. — falei e minha amiga pareceu animada com a ideia o que me fez rir.

— Vamos lá, quanto você acha que vai ser o placar? — ela me perguntou e eu pensei por um momento.

— Acho que 2x0. — falei

— Para qual time?

— Ah, aí já é querer saber demais, eu chuto um 2x0 e não importa para qual lado. — eu disse.

Sarah sempre se interessou pelo assunto de futebol, mas eu nunca foquei tanto nisso.

Minha amiga nem sequer se importou com a minha falta de experiência no assunto, só continuou falando, eu como uma ótima amiga escutei e concordei me empenhando para comentar sobre.

— Ele nem sequer deve saber jogar direito. — falei para Sarah me referindo a Lucas, mas no instante seguinte me arrependi já que ele estava perto demais e acabou ouvindo.

Merda, eu só me ferro nessa vida.

— Quer apostar, loirinha? — ele perguntou e eu olhei em sua direção.

O dia em que eu aprender a calar minha boca as coisas vão funcionar melhor.

— Quer saber? Eu vou ali sentar na arquibancada, sabe...— Sarah falou com um sorrisinho se afastando e eu quase xinguei ela.

Como essa garota ousa me deixar sozinha aqui?

— Na verdade quero sim. — falei me referindo a  proposta de uma aposta que Lucas tinha feito um tempo atrás.

— Ótimo, se eu fizer um bom jogo, e quem sabe alguns gols, quero que você me pague o lanche na cantina todos os dias durante 2 semanas. — ele disse e eu quase ri.

Oi?

— Sério mesmo que está pedindo isso? — perguntei com sarcasmo e ele se aproximou ficando em uma distância muito duvidosa.

O último anoOnde histórias criam vida. Descubra agora