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Com licença, quem vai dirigir sou eu. — Sarah falou pegando a chave da mão de Marcos que rapidamente tentou tomar de volta novamente.

— Vida, você é linda, mas meu carro não. — ele falou com a voz toda embolada.

E lá vamos nós novamente.

— Tá maluco se pensa que eu vou te deixar dirigir um carro bêbado com minhas amigas dentro. — ela falou rindo em descrença.

— Então você vai dirigir? — ele perguntou cruzando os braços quase caindo, mas se apoiou em um poste de luz.

— Sim. — Sarah disse e Marcos riu

— Sarah, você não tem praticamente nenhuma experiência com carros. — ele falou e minha amiga bufou.

— Chega, eu quem vou dirigir. — Lucas falou tomando a chave da mão de Marcos.

— Outro doido. — Daisy falou com a voz também embolada colocando a mão na testa; seus cabelos ruivos estavam intactos e maravilhosamente bonitos, mesmo depois de tanta dança e bebida.

— Sabe mesmo dirigir? — perguntei e Lucas deu um sorrisinho de canto destravando o carro.

— E mais uma vez Isabel Williams duvidando do meu potencial, que surpresa. — disse sarcástico e eu levantei às mãos em rendição.

— Não duvidei de nada, apenas fiz uma pergunta simples. — falei e Lucas revirou os olhos.

— Entra logo no carro, Isabel. — ele disse passando a mão nos lindos cabelos ondulados de tonalidade escura.

Quando fui abrir a porta do banco de trás para me sentar ao lado das minhas amigas, Marcos já havia ocupado aquele lugar.

Massageei a têmpora já sentindo uma dor de cabeça chegar.

— Marcos, vai pra frente, anda, sai do meu lugar. — falei tentando puxar o garoto que só resmungou e nem sequer se mexeu.

Ele estava com a cabeça apoiada no ombro de Sarah que já parecia estar dormindo. Não preciso nem citar minhas outras duas amigas, já devem estar sonhando encostadas confortavelmente no banco de couro; Emilly estava apoiada perto de Daisy, de modo que as deixavam bem próximas, dando assim espaço suficiente para 4 pessoas ocuparem os bancos de trás, maiores do que os de outros carros comuns.

— Loirinha, sinto em te informar, mas receio que a única opção seja você se sentar ao meu lado no banco da frente. — Lucas falou e mesmo não gostando da ideia tive que assentir.

Fechei a porta de trás e dei a volta pelo carro, entrando na frente. Me sentei no banco jogando a cabeça para trás e Lucas ligou o carro, fazendo a manobra apenas com uma para que pudéssemos finalmente sair do estacionamento.

— Você está mesmo bêbada, não é? — ele perguntou e eu olhei em seus olhos por um momento.

— Não, só bebi dois copinhos. — falei

— Quatro.

— O quê? — perguntei confusa.

— Você bebeu quatro copos, não dois. — Lucas falou e eu sorri.

— Como sabe? Ficou me observando para saber quanto copos bebi, garoto rebelde? — perguntei com sarcasmo apenas para provocar.

— Não seja convencida. — ele falou ligando o rádio e mesmo um pouco tonta seria impossível não reconhecer a música do arctic monkeys tocando.

Uma obra prima dessa eu reconheceria em qualquer lugar do mundo.

Pelo menos Lucas tem bom gosto musical.

O último anoOnde histórias criam vida. Descubra agora