O último ano

39

2 dias já haviam se passado e amanhã seria a festa. O tão esperado baile de gala.

De manhã, nós tínhamos ensaiado com a professora de dança, que parecia o mais perto possível de um ataque do coração, mas a verdade é que alguns alunos só a provocavam fingindo errarem a coreografia.

Todas as decorações também estavam prontas, e todas elas haviam ficado impecáveis. O salão principal onde aconteciam eventos importantes e marcantes da escola era imenso, o que só deixava tudo melhor.

Agora, eu estava na casa de Lucas, mais precisamente na porta de sua casa já que o garoto havia feito um convite bem sútil, do qual com certeza não envolvia beijos em meu pescoço para me persuadir. Mas bom, o ponto é que vim até sua casa para fazermos um último ensaio somente para revisar ainda mais os passos da dança.

Até porque o baile aconteceria de noite, mas eu provavelmente passaria metade da tarde dormindo, e outra metade me arrumando, ou seja, não haveria definitivamente nenhum tempo para outros ensaios.

— Acho que definitivamente irei fazer mais convites a você, já que surpreendentemente está aceitando todos os que faço, loirinha. — Lucas diz, com um sorrisinho lindo, que realça ainda mais seus traços estupidamente bonitos.

— Bom, talvez eu comece a recusar todas a partir de agora. — digo dando de ombros, passando por ele e entrando na casa.

Antes de me virar de costas totalmente posso ver Lucas negando com a cabeça e cerrando os olhos em minha direção, como se não gostasse nem um pouco da ideia de me ver recusando seus convites.

O garoto fecha a porta e me puxa pela cintura, me fazendo suspirar pelo contato repentino, mas não reclamo. Lucas pressiona meu corpo contra o dele, seus braços musculosos e com veias levemente marcadas rodeando minha cintura.

O garoto se inclina em minha direção, aproximando os lábios dos meus fazendo com que meu coração perca novamente o ritmo certo das batidas. Sua boca pairando a milímetros da minha, me provocando. Seus dedos fazendo movimentos circulares em minha cintura, descendo um pouco mais, chegando ao meu quadril.

Ele afasta meus cabelos lentamente, apenas para deixar meu pescoço livre dos fios. Arquejo quando sua boca entra em contato com minha pele quente, e quase me xingo por fechar os olhos ao aproveitar a boa sensação, mas é quase impossível não cometer tal ato.

Solto um gemido quando Lucas puxa e chupa minha pele, mas não ao ponto de deixar marcas. Ele me aperta ainda mais contra si, antes de tirar a boca de meu pescoço, se aproximando de meu ouvido. Sinto seu hálito quente ali, me deixando arrepiada de imediato.

— Quando faz esse som, meu amor, tenho a certeza de que gosta muito dos meus convites para recusá-los. — sussurra, com a voz rouca.

Revirou os olhos e tento empurrar seu ombro para que me solte, mas é exatamente o contrário que acontece. Lucas me aperta ainda mais, e não enrola nem mais um minuto antes de puxar minha nuca, fazendo com que minha boca fique contra a sua.

Sua língua quente invade minha boca, e levo minhas mãos até seu cabelo, apertando os fios escuros em meus dedos, me deliciando da sensação boa e embriagante.

Tenho a sensação de que nunca vou enjoar de seus toques e beijos, porque merda, são tão tão bons.

Levo minhas mãos que estão em seu cabelo até seu abdômen definido, que está por baixo da camisa. Lucas aprofunda ainda mais o beijo e me sinto como se estivesse flutuando em uma fodida imensidão, que não tem fim.

— Acho melhor paramos por aqui, loirinha, caso contrário eu vou te levar para o meu quarto agora, bem agora, e então te foder. O que definitivamente seria uma ótima opção, mas estamos aqui para ensaiar, não é? — diz, mais uma vez me surpreendendo com suas palavras que saem de forma tão natural pelo seus lábios atraentes.