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Bagulhão

Saio da boca sentindo meu estomago roncar, quase duas da tarde e ainda não comi nada, muito problema para resolver que ate esqueço dessas parada, monto na minha xre, me guiando ate o bar do Tião.

Estaciono minha moto em baixo da sombra vendo que esta vazio la dentro, atravesso a rua e vejo uma cabeleira loira atras do balcão de costas, pelo visto seu Tião arrumou a ajuda que ele precisava, isso e bom porque o velho mal tava conseguindo atender os clientes.

- Me vê um rango ai dona. - falo chamando a atenção dela que para de mexer em umas caixas e se vira me olhando.

Renata: O horário do almoço ja acabou, agora so tem porção. - olho para a loirinha dentro de uma calça jeans e uma blusinha branca.

- vê uma porção de frango frito, e uma de batata. - ela concorda com a cabeça e vira indo para os fundos.

Me sento na mesa de plástico e ajeito o bone na cabeça não demora muito ela volta com as porções que pedi em uma bandeja, ela se vira para sair mais para ao ouvir minha voz.

- Trás uma cerveja também. - seu olhar encontra o meu por cima dos ombros, e olho para a Calça jeans apertando sua bunda.

Pego um frango com a mão, e levo ate a boca olhando para ela de costas que balança o corpo no ritmo do sertanejo que toca baixo, não tem como negar a bebezinha e gostosa, mais e muito novinha, da muito trabalho, vai ficar emocionada e quer levar as coisas por Lado sentimental. 

Ela volta com a garrafa de cerveja nas mãos, e um copo de vidro assisto ela abrir a garrafa e despejar o liquido no copo, olho para ela toda concentrada, e reparo na boquinha bem desenhada.

- Tu tem quantos anos ?- pergunto sério encarando seu rosto corado.

Renata: Quinze, porque? - nego com a cabeça e levo o copo de cerveja ate a boca, sinto o gelado em contato com minha garganta seca.

- Novinha pra caralho. - ela abre um sorriso para mim, e logo abaixa a cabeça com vergonha. 

Dandao: Fala Renatinha, ta trampando aqui? - ela concordo com a cabeça ficando mais vermelha ainda. - Bom saber vou vim almoçar todo dia aqui.

Olho para ele serio, que entra ao lado do Muralha, pego um pouco da batata comendo, vejo ela virar as costas e voltar para atrás do balcão, Muralha se senta ao meu lado, e pega um frango comendo também.

Dandao: Loirinha Linda. - escuto ele falar enquanto se senta na minha frente. - Vou nela sem pensar duas vezes.

Muralha: até eu vou se tiver oportunidade. - escuto Dandão da risada, fico na minha calado quero ver pra quem ela vai dar bola primeiro.

- Fut mais tarde. - falo para eles que me olham sorrindo, Dandão esfrega as mãos umas nas outras e olha para trás sorrindo.

Dandao: Vou chamar a Renatinha.- ele fala ja se levantando e indo ate o balcão falar com ela, que me olha antes de prestar atenção nele.

Essa novinha ta sabendo chamar minha atenção, coisa que nenhuma outra mulher fez, esse jeitinho dela, não esconde a cara de safada que ela tem, deixa ela pensar que tá passando despercebida, está na minha mira e não tá sabendo.

Ele conversa com ela que parece não dar muita atenção, vejo ela negar algo a ele e trazer seu olhar até mim, que sustento até ela desviar mordendo o canto da boca.

Dandão: Novinha Difícil não quis me passar o número dela não. - Fala colocando cerveja em um copo de vidro.

Termino de comer ouvindo eles conversarem, vez ou outra pego a Loirinha me olhando, ela tá me querendo e não tá sabendo pedir, mais não tem problema não o pai aqui já e experiente, Vou dar a melhor forma nela, se bobear vai passar primeiro pela mão do chefe.

- Bora trabalhar que vocês não tão sendo pago pro fofocar não. - Falo com eles que me olham rindo, levanto indo ate o balcão onde a Loirinha está arrumando umas latinhas de coca no Frizer.

Renata: Quer mais alguma coisa? - Pergunta me olhando.

- Quantos que deu meus Bagulho? - ela começa a fazer a conta na calculadora.

Renata: Cinquenta reais. - responde reparando nas tatuagens que tenho no rosto, pego uma nota de cem e coloco  em cima do balcão.

- Pode ficar com o troco. - me viro para ir sair mais sinto sua mão quente segurar meu braço, olho primeiro para a mão pequena com as unhas pintadas de vermelhor e depois para seu rosto a encarando serio que tira a mão.

Renata: Muito obrigado, mais não quero seu dinheiro. - Fala me entregando o troco, me dá ate vontade de rir pela ousadia. 

- Quero te ver no Fut, se não brotar eu mesmo vou te buscar. - Falo pegando o dinheiro e saio do Bar sem olhar para trás.

Atravesso a Rua subindo em minha moto, olho para dentro do bar vendo ela me encarando, acelero a Moto e desço a comunidade em Direção à barreira.

Procuro pelo D2 que era para estar de Plantão mais não está, Puxo o radinho chamando por ele na Frequência.

- Cadê você Pau no cu, vai ficar pegado hein. - Chamo por ele.

D2: Foi mal patrão, vim brocar aqui na goma, tava na larica. - escuto ele responder.

- Quero tu na Principal agora. - desligo a frequência, e guardo o radinho da cintura denovo.

Vou deixar esse Cuzão responsa de organizar o Fut mais tarde, fazer um campeonato para a alegria da comunidade, promover um lazer pros crias se lembra que a vida não é só guerra.




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Mil Pedaços (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora