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Capítulo 87

Bagulhão

Coloco meu cordão de Ouro com meu Vulgo por cima da minha camiseta da Lala, jogo meu 212 VIP no corpo, exalando o cheiro por todo meu quarto, Trago meu baseado, me olhando no espelho.

Ajeito minha calça jeans tentando esconder o volume da minha glock na cintura, pego meu celular de cima da cama e desbloqueio tirando uma foto minha, olho pro espelho a vendo atrás de mim.

Sorrio reparando o quanto ela está linda, sem dúvidas minha Loira é a mulher mais linda e gostosa, olho para o vestidinho vermelho que ela usa, provocante pra caralho, engulo meu ciúmes no seco e vejo seu sorriso.

Renata: Gostou? - apenas balanço a cabeça em concordância, ela da uma voltinha e meu semelhante fecha. - Vamos meus convidados me esperam.

- Precisa de tudo isso mesmo? - falo umidecendo meus lábios com a língua, sentindo o gosto da maconha grudado neles, e ela sorri de canto e sai andando. - Filha da Puta.

Dou uma última olhada no espelho e saio do quarto ajeitando meu boné, ela me espera dentro do carro, abro a porta sentindo seu perfume que ficou impregnado aqui dentro, ligo o carro e saio de casa de ré, dirigindo em direção ao clube que tá rolando a festa dela.

Mandei vim tudo do bom e do melhor, porque a nega merece, sempre me fortaleceu, independente da situação e dos meus erros, me apresentou o sentimento, despertou o amor em mim.

Chega até ser engraçado isso, falando de amor é me referindo a mulher que eu mais machuquei, hoje paro pra pensar em tudo oque meu pai  me ensinou e me dizia, e percebo o quanto ele estava errado, existe sim amor.

Paro o carro na frente do espaço e vejo que está cheio de gente, a maioria são os Vapor que ela mandou convidar todos, outras são pessoas que ela gosta, nesses três anos que se passaram ela agiu como uma verdadeira primeira Dama, principalmente quando estava preso, isso fez a maioria dos moradores criarem respeito e admiração por ela.

Abro a porta do carro e dou a volta abrindo a dela, e estendo minha ajudando ela a descer, entramos no espaço e vejo o local todo decorado em vermelho, o fotógrafo vem tirando querendo tirar foto nossa, deixo ele tirar duas e caio fora, indo na direção do Bar, pego um copo de Whisky purin, e fico assistindo ela brilhar de longe.

Féfé: Representou em Patrão. - fala se referindo a festa. - Digna da Primeira Dama.

R2: Mulher do chefe. - fala me estendendo a mão, enchugo a minha na calça jeans e aperto a dele. - Parabéns pra sua dona Paizão, com todo o respeito, a festa tá uma uva pow.

- Só agradece, a loira merece isso e só o básico. - falo e vejo eles sorrindo, o Muralha chega com uma nega do lado e me entrega uma sacola com presente. - Tamo junto mano.

Pego a sacola e deixo do meu lado, olho  ela tirando foto com as pessoas e andando de um lado pro outro com um sorrisão no Rosto, toda radiante, linda pra caralho, sinto uma sensação boa em ver sua felicidade, me faz feliz também.

Eu tô ciente que ela esta puta da vida comigo e com razão, agi pior que moleque com ela, mas pretendo fazer de tudo para resgatar esse Renata de volta pra mim, nem que seja preciso eu assistir ela brilhar de longe, como estou fazendo agora.

Ela parece sentir meu olhar sobre ela, porque olha certinho na minha direção, me encarando nos olhos por breves segundos, e volta a tirar foto.
Levo o copo até a boca Bebendo o Whisky gelado, as cara ao meu lado conversam sem parar, escuto ele mais minha real atenção está nela, vidrado como um lobo faminto.

De relance vejo o Dandão entrando pelo portão, entrega o presente ao garçom e pega o copo de Whisky da bandeija e olhar na direção dela, sinto um bagulho estanho, que já me deixa de orelha em pé.

Tiro um baseado do bolso e acendo guardando o isquero novamente, o funk toca ao fundo deixa um clima descontraído, olho na direção da mesa onde está sendo servido as comidas, vejo minha mulher dançando ao lado da irmã, toda feliz.

Muralha: Vai mesmo fazer oque tinha me falado? - escuto ele perguntar, apenas confirmar. - E o melhor mesmo a se fazer.

- Ela merece ser Feliz pow. - falo e olho para ele, vejo seu semblante serio, a camiseta branca destaca sua pele negra. - Assim que voltarmos de angra vou dar ideia nela.

Muralha: Tu tá ligado que isso é uma prova de amor. - apenas confirmo em silêncio. - Nasci pra ver isso Bagulhão amando, todo apaixonado.

Mimoso: Eu também vivi pra isso. - levanto a cabeça olhando para ele que sorri com a mão estendida na minha direção, me levanto para abraçar ele.

- Obrigado por ter vindo irmão. - falo batendo em suas costas.

Mimoso: Achou mesmo que eu ia perde o aniversário da cunhada. - fala e se vira olhando para ela. - Vou lá desejar paciência a ela.

Escuto os cara rindo e vejo ele ir em direção a ela, que o abraça é pega o presente de suas mãos, no mesmo instante ela me olha, sinto um aperto no peito, e meus olhos lagrimejam.

Ando em direção ao banheiro, com meu baseado em uma mão e o copo de Whisky quase vazio na outra, abro a porta entrando no banheiro, me olho no espelho e pego uma bala do bolso, coloco em baixo da língua, e sinto ela derretendo aos poucos, fazendo o gosto doce invadir minha boca.

- Tu vai fazer o melhor pra ela Rogério. - falo para o meu reflexo no espelho. - Tua mulher merece ser feliz.

Jogo uma água no rosto e saio do banheiro fumando meu baseado, vejo ela me procurando com os olhos e assim que me acha sorri me chamando com as mãos, atravesso o espaço indo na direção dela, que seja uma taça com gin nas mãos.

Meu olhar bate no canto escuro, onde vejo o Dandão sentado, bebendo e nos olhando, sinto uma parada estranha, e logo para na frente dela, que me olha sorrindo e morde o canto dos lábios.

Mil Pedaços (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora