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Capítulo 102

Renata

Admiro ele dirigindo enquanto canta a música "castelo de madeira", bebo minha água de coco rindo dele, que gesticula sorrindo, estamos voltando pra casa, depois de três dias juntos, trancados dentro do quarto, transando, conversando e juntando nossos pedaços.

Conversamos sobre tudo, exatamente tudo, e ontem consegui perceber que ele estava sofrendo muito, chorou comigo inúmeras vezes, me contou que estava planejando me pedir em casamento, mas acho que a gente precisa desse tempo separados.

Bagulhão: Sou o príncipe do queto, desce, sobe a ladeira - canta me olhando, e coloca mão na minha barriga. - Sou o príncipe do queto meu castelo e de madeira.

Mais cedo passamos na casa da minha Avó, minha mãe não queria me deixar voltar, me disse algumas coisas que me Machucaram muito, mas não posso fingir que não sinto nada por ele, ou que que iria conseguir ser feliz longe dele, eu estaria mentindo.
Porque eu amo esse louco.

Agora ele está realmente coração aberto pra mim, e me prometeu que seria so o Rogério comigo, não importa a hora ou o lugar.
Mas confesso que estou um pouco insegura, com um Pezinho bem atrás, também já deixei bem claro, primeiro erro, eu sumo no mapa.

Bagulhão: Tá dboa? - pergunta apertndo de leve minha coxa, só concordo com a cabeça.- Tá com essa cara porque ?

- Eu só quero chegar logo em casa, minha cama está me chamando. - Falo e vejo ela abrir um sorriso lindo. - Você tá convidado a dormi comigo.

Bagulhão: Que honra. - fala sorrindo e segura no meu queixo para me beijar. - Antes vamos passar num lugar. 

- Não amor, vamos pra casa. - Falo e ele nega rindo, ele para o carro na barreira. - Porque da barricada?

Bagulhão: Precaução. - Olho pros meninos que tira a barricada, liberando nossa passagem. - Abre o porta luvas, e pega o chaveiro vermelho.

Manda subindo a comunidade devagar, atraindo os olhares de todos do lado de fora, e nessas horas que agradeço o vidro fume, abro o porta luvas e pego o chaveiro em formato de R, sorrio e olho pra ele entregando a chave.

Bagulhão: E sua, chave da nossa casa. - Ele para o carro, e só então percebo que não estávamos em casa, desço olhando a casa de dois andares, e com sacada, abraço ele sorrindo. - Nossa nova casa.

- E linda. - falo e destranco o portão, ele segura na minha mão, entro reparando em tudo, estamos bem no alto da comunidade, ele abre a porta pra mim entrar, a casa é enorme. - Vou poder decorar do meu jeito?

Bagulhão: Ja falei que você pode tudo. - Me beija na hora seu celular toca, ele me da mais dois selinhos e pega o celular do bolso. - Vou atender.

Viro as costas indo olhar o restante da casa, a cozinha já está com a pedra de mármore, falta só os planejados, e do jeito que estou imaginado vai ficar perfeita, abro a porta do fundo olhando a área com churrasqueira e a piscina.

E perfeita eu adorei, já quero ir agora mesmo comprar os móveis, eu amo decorar uma casa, ver tudo certinho no seu devido lugar, e maravilhoso.
Subo as escadas indo ver os quartos, que são três, a suíte com sacada e a nossa, olho para o espaço enorme pensando nas infinitas possibilidades.

Bagulhão: Eae gostou? - me assusto com a voz dele e coloco a mão no peito. - Tá assustada?

- Você que chega do nada. - falo e ele me abraça por trás, coloca meu cabelo todo de lado, só pra ficar cheirando meu pescoço. - Eu amei, é perfeita.

Ele me guia em direção a sacada e abre a porta de vidro, me encosto no ferro, olhando a comunidade de cima, a vista daqui e linda, sinto ele beijar minha cabeça, e se afastar passando a mão no meu cabelo, ainda bem que não cortei, senão era perigo ele ter um infarto.

Bagulhão: Quer casa comigo? - fico sem reação tentando absorver, oque acabei de ouvir.

olho pra ele que tira uma caixinha vermelha do bolso com duas alianças de ouro.

- Sim.- Respondo pulando no colo dele, ele me beija, e me coloca no chão pega uma aliança e coloca no meu dedo, faço o mesmo com ele. - Se eu te ver sem aliança vou cortar a cabeça da Cobra.

Bagulhão: Papo feio do caralho. - Fala de cara fechada e me abraça. - Tu quer casa como fala pra mim.

Ele pergunta e eu me viro para a comunidade denovo, seu abraço direto prende meu corpo, no dele, a mão tatuada e com duas dedeiras e a aliança
Fazer carinho na minha barriga.

Acho que nunca parei pra imaginar como gostaria de você meu casamento, pra ser sincera já tinha até desistido dessa possibilidade, respiro fundo e sinto ele cheirar meu cabelo.

- Não quero nada extravagante, mas quero que a comunidade seja convidada. - Falo e sorrio, isso mesmo, vai ser um dia de festa pra todo mundo.

Bagulhão: Pastor, Padre, Papa? - Sorrio do jeito que ele fala. - Ou Whisky, Gin.

- Vinho, e mais nossa cara né amor. - olho para ele por cima do ombro e o vejo sorrir concordando. - Trás um Mc legal, poderia ser na quadra, lá é grande.

Bagulhão: Gostei da Ideia. - fala e me vira de frente pra ele. - Agora bora pra casa, tô cansadão.

Me da a mão e fecha a porta da casada, antes de ir embora ainda fomos decidir qual vai o quarto da bebê, não vejo a hora de já estar tudo pronto, do jeitinho que eu quero, amanhã mesmo já vou contratar alguém para fazer os planejados, ele tranca a casa e me entrega a chave novamente.

- Tô com fome. - falo quando ele liga o carro, para irmos embora. - Você fez compra pra casa?

Só pelo silêncio já sei que não, só tomara que não esteja aquela bagunça que ele sempre faz, peço para ele parar no mercado, vou fazer uma sopa de legumes, com esses enjoos em atrás do outro, estou começando a me sentir fraca, vou cuidar bastante da minha alimentação agora.

Mil Pedaços (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora