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Bagulhão

Os peitos da Ruiva pulam na minha cara, conforme ela senta com força no meu pau, ela geme como uma cadeira incansável, minha cabeça lateja e não para de doer, ainda consigo escutar a voz na minha mente repetindo meu nome.

Com ódio no peito, depois que a vadia dormiu passei a madrugada inteira cheirando e bebendo, minha mente não parou um só segundo, a cada instante um capeta diferente vem me atentar.

Escuto me chamarem na Frequência do Rádio, mas a vagabunda não para de quicar, bato na cara dela que geme alto, rebolando no meu pau, o Rádio não para, tirando o resto de paciência que eu não tenho, Pego ele na intenção de desligar mais a voz do Muralha entra na minha audição.

Muralha: Tá rolando maior gritaria aqui na casa da Loirinha. - Empurro a puta de cima de mim, fazendo ela cair de bunda no chão, tiro a camisinha do meu pau e jogo em cima dela.

- Tô colando. - aviso respondendo ele frequência, visto minha bermuda rápido e pego minha glock colocando na cintura. - Eu vou matar aquela filha da puta.

Saio de casa e monto em cima da minha xre, piloto a milhão na direção do barraco dela, eu passei a noite inteira me segurando pra não matar enquanto dormia, mas de agora ela não passa.

Com a adrenalina da Cocaína correndo por minhas veias e o semblante fechado, transmito um só sentimento através dos meus olhos, O Ódio.

Com uma simples palavra ela conseguir Reviver um lado meu, que tento esquecer a anos, aquele que morreu junto com meu pai naquele assalto, onde foi a Última vez que ouvi alguém pronunciar meu Nome.

Empurro o portão da casa escutando uma gritaria do caralho lá dentro, forço a porta para entrar, mas está trancada, sem pensar muito meto o pé arrombando, o Velho para de Bater na senhora que chora encolhida no canto.

- Cadê ela?. - pergunto e andando pela casa pequena a procura da Minha Puta. - Cadê ela CARALHO.

Luiz: Essa... essa Vagabunda deixou ela fugir. - dou dois passos avançando contra ele, enforcando seu pescoço. - Não tive culpa.

- Pra onde ela foi? - ele nega ficando vermelho conforme vou apertando seu pescoço, com a respiração pesada. - Onde ela tá caralho.

Luiz: Não sei. - fala quase sussurrando.

Sinto a anfetamina que usei, ativar meu sistema nervoso, meus batimentos cardíacos aceleram como nunca antes, consumido pelo Ódio, Raiva, e rancor, desfiro os primeiros muros em direção ao rosto do velho, fico cego, golpeando seu corpo várias vezes, até ele cair no chão.

Escuto a velha gritando e chorando, me pedindo pra parar, o cheiro de sangue invade meu olfato, mas não ligo para nada, só quero descontar todo meu ódio no nele, a droga deixa meu corpo anestesiado, e a mente conturbada.

Dulce: PARAAAA, VOCÊ VAI MATAR ELE. - escuto ela gritar próximo de mim, e ser arastada para fora da casa. - PARA PELO AMOR DE DEUS.

Minha boca fica seca, e as mãos molhadas, mais não vejo nada além do sangue, não sinto nada além de toda Ira que carrego em meu coração, bato com a cabeça dele diversas vezes contra o piso no chão, seu corpo fica imóvel só recebendo meus socos.

Escuto novamente a voz dela no meu ouvido gemendo meu nome, depois ela me jurando que iria embora horas antes, com toda minha força, acerto um soco no maxilar dele, e escuto o barulho dos ossos se quebrando.

Eu precisava disso, precisava descontar meu Ódio em alguém, sinto me puxarem de cima dele, e a voz entra entra na minha audição.

Muralha: Ele já morreu mano. - fala me puxando, ainda desfiro meu último soco vendo o sangue jorrar de sua cabeça. - Caixão lacrado.

Respiro ofegante me levantando, a poça de sangue que se formou em volta dele, começa a se espalhar por toda a sala, olho para os nós de meus dedos no vivo, mas não dói, nada em dói, a droga me deixa anestésico e elétrico.

Chuto o velho no chão e vou em direção aos quartos, reparo nos duas camas de solteiro, chego perto de uma e sinto o cheiro dela, começo a revirar tudo, atrás de alguma coisa que me leve a ela, acho uma foto dela a irmã e uma senhora de cabelos brancos, deve ser vó, coloco a foto no mesmo lugar, abro o guarda roupa vendo tudo bagunçando, o cheiro do perfume dela fica mais evidente, mandando um alerta para o meu pau.

Saio da casa enchugando o suor que escorre por meu rosto, em volta da casa está lotado de fofoqueiros, que abaixam a cabeça e abre espaço assim que me vem passando pela porta.

Dulce: ASSASSINO. - escuto a velha gritar e olho pra ela, notando seu rosto machucado, e molhado pelas lágrimas. - Mostro, você merece morrer.

- Quem vai morrer vai ser tu, se eu não achar a puta da sua filha. - falo e subo na Moto, saio rasgando em direção a boca. - Quando eu encontrar aquela putinha, vou fazer ela se arrepender de ter nascido.

Pego uma latinha de energético e sento na minha cadeira, acendo um baseado, e ligo pro meu mano, que em dois tempos consegue localiza ela.

Ligação on:

- Fala Bagulhão.
- Tá ocupado meu mano.
- Ocupado eu tô sempre, tá precisando de alguma coisa.
- Tô memo, quero que te acha uma menina pra mim.
- Que menina?
- Uma Puta minha.
- Manda foto dela, Nome, tudo que tiver sobre ela.
- Demoro.

Ligação off.

Mando tudo oque ele pediu, e pego meu radinho chamado o Muralha na Frequência, ela não pode ter ido muito longe, chamo o fefe que tá no Plantão Na barreira Hoje, se ela colocou os pés fora dessa comunidade, eu vou cobrar, o responsável seja quem for.

Deixo a fumaça subir e me lembro de um desgraçado que com certeza deve saber onde ela esta, termino de beber meu energético e jogo a latinha no lixo, saio da boca, fumando meu balão, vou atrás desse Talarico pessoalmente, no dia da Invasão ele vou salvo pelo Congo, mas hoje a cabeça dele vai rolar.



Mil Pedaços (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora