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Bagulhão

Cheiro a última carreirinha de pó, e bebo o restante do Whisky em meu copo, levanto da cadeira, sentindo tudo rodar, saio da boca me segurando pra não cair, do lado de fora os manos de plantão vem me ajudar.

- Não pega em mim caralho. - falo indo ate minha moto, eles ficam me olhando. - vão trabalhar cambada de Porra.

Deixo na moto da frente de casa, e entro com tudo escuro, essa puta nem pra deixar uma luz acessa, tiro minha arma da cintura e deixo em cima da estante, seguro na parede sentindo tudo rodar denovo. 

Fico alguns minutos parado até parar, volto a andar indo para o quarto dormi, abro a porta do quarto dela, e a vejo toda encolhida em cima da cama, pego a coberta jogando em cima do corpinho pequeno dentro do conjunto amarelo, parecendo uma banana.

Me jogo na cama deitando ao lado dela, consigo sentir o cheiro doce do perfume dela grudado no lençol, aos poucos meu corpo vai relaxando até me entregar ao sono.

(...)

Daqui de cima consigo ver toda a comunidade, Trago o baseado ate a boca, presando a fumaça, na tentativa de acalmar minha mente, mas nada adianta, sinto como se eu estivesse em abstinência, minhas mãos tremem, e meu corpo soa pra caralho, me encosto no para peito de concreto, sentindo minha cabeça doer.

Professor: Oque tu fez com a mina. - escuto ele perguntar, e olho pra trás, encarando ele sentado na cadeira de plastico em baixo do pé de acerola. - Você mesmo Bagulhão abre a boca.

Mimoso: Que menina é essa?

- Uma puta, nada demais. - falo tentando cortar o assunto, passo o braw pra ele que me olha desconfiado.

Professor: E uma Loirinha. - abre a boca o linguarudo. - 15 anos, se não tem vergonha não meu mano, pedofilia.

- Vai tomar no cu Professor, você fala pra caralho uma hora vai acordar sem língua. - falo encarando ele que mostra língua e faz careta, muleque debochado do caralho.

Mimoso: Essa loirinha é a Moradora nova? - pergunta passando o braw pro professor. - Tô comendo a irmã dela.

Professor: Bom que vão ficar tudo em família. - fecho a cara pra ele que dá risada.

Leva boi que cresci com ele, nois três somos praticamente irmãos, unidos pela vida e pelo crime.

Mimoso: Mesma família meu Pau, não tenho dona não, está pra nascer mulher que vai me colocar na coleira, igual uns e outros. - dessa fez não teve como ficar sério.

Professor: Eu tô anotando tudo a Lápis, um nega ate a morte que não tá comendo a Nifeta, outro jura que nunca vai se Apaixonar, daqui uns ano a gente volta nessa conversa. - fala fazendo graça.

Papo reto e Muito bom ficar de marola com eles, são resenha pura, não tem como ficar sério com esses dois, depois da morte do meu Pai eles foram a única família que me restou, por isso eu valorizo pra caralho nossa irmandade.

Desde pequenos já corríamos juntos por essa comunidade, Meu Pai sempre fui muito amigo do Pai do Professor, por isso estávamos sempre juntos, depois de alguns anos o Mimoso chegou pra completar nossa amizade.

Pretendo levar eles comigo pro resto da minha vida, são minha família, mato e morro por eles, na maioria das vezes quero matar eles, mas depois lembro que não vale a pena.

Mimoso: A fofoca está boa, mas eu preciso ir dar uma esvaziada. - me viro encostando as costas no concreto. - Até mais tarde no baile queridos.

- Usa camisinha, não seja burro de engravidar puta. - falo fazendo um toque com ele. - Tamo junto irmão.

Mimoso: Tamo junto.

Professor: Vou nessa também, parabéns pela nova puta. - Ele estende a mão para mim, tenho uma raiva desse moleque abusado - Aquele favor lá, manda algum dos seus cria, ficar de olho na Luana pra mim, só aqui dentro.

- Tá levando Gaia. - ele da risada e esfrega as mãos. - Se não batem bem.

Ele da risada e sai andando ao lado do Mimoso, olho pra minha comunidade, minha casa, aqui eu nasci e aqui vou morrer, abro a garrafinha de água, e levo até a boca bebendo, minha mente me relembrar de ter acordado com ela do lado, cheguei louco e dormi com ela.

Pela primeira vez na vida, dormi ao lado de uma mulher, mas também eu tava chapado, não tava em sã consciência, não deve ser levado em consideração, acordar e ver ela com a bunda redondinha empinada na minha frente, me deixou Durão, tive que ir atrás da Lorena.

Mais minha vontade mesmo está na filha da puta, que não sai da minha cabeça, as vezes penso até que estou louco, e várias viajem acho que vou até procurar um terreiro.

Subo na minha moto, e vou descendo a comunidade devagar, comprimento os Moradores, paro pra falar com alguns, avisto a Sheila subindo com o carrinho de roupas.

Sheila: Bom dia Patrão. - me comprimenta sorriso. - Tô cheia de Novidades, Lorena tá merecendo um mimo.

- Lorena tá merecendo ficar careca isso sim. - ela da risada. - Sobe aí, vamos la em casa.

Sheila: O Patrão o senhor sabe que sou casada. - Nego rindo com as ideia dela.

- Tá malucona, tem uma mina lá em casa. - ela da risada e pede desculpas, montando na moto.

Guio pra casa com ela segurando o carrinho ao lado da moto, vai me contando que quase foi roupa no bras, os cu sujo de lá não liga pra nada, bagulho lá e todo bagunçado, vagabundo faz oque quer.

Paro na porta de casa e espero ela descer, abro o portão escutando o funk tocar na televisão, meu olhar bate na lorinha que passa pano na casa, com um shortinho jeans curtinho e de top.

- Ae maluca, essa aqui e a Sheila, ela vende uns pano da hora, vê aí se tu gosta de alguma coisa. - ela para de passa o pano e coloca a mão na cintura me encarando.

Renata: Eu vou ter que desenhar que não quero nada de você. - sinto meu sangue esquentar, ela está querendo tirar minha paz mesmo, ando até ela, e puxo o cabelo Loiro, fazendo ela me encarar. - Me solta filho da puta.

- Eu tô tentando ser de boa contigo, mas você não Colabora, depois não reclama quanto tiver tomando Surra todo dia. - Solto o cabelo dela, e saio de casa puto.

Mil Pedaços (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora