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Capítulo 99

Bagulhão

Fico rodando a chave da nova casa na minha mão, cada minuto parece uma eternidade, passei a noite inteira sem fechar o olho, ansioso, nervoso.
Estou esperando somente a localização do local que ela ligou o celular pela última vez, passei a noite inteira pensando merda.

Escuto o Gw chamando na Frequência e me levanto dlpa cama rápido, e a dona Marcia, mandei chamar ela pra dar uma limpeza no barraco, tranco a porta do quarto dela e saio de casa, vejo a Dona Marcia e a menina das unhas.

- Bom dia. - falo comprimentando as duas. - Dona Márcia, não muda nada de lugar, mas dá um trato maneirinho.

Dn Marcia: Pode deixar, licença. - fala e passa por mim entrando em casa, a garota fica parada olhando pra minha cara.

- Qual foi? - Pergunta é vejo o PP chegar de moto. - Tá precisando de alguma coisa?

Gabi: Sim, eu fazia a unha da Renata. - fala rápido e olha para o PP, vejo ele cruzando os braços olhando para ela também, ja entendi. - então esqueci uma mochila minha com ela, eu queria ela de volta.

PP: Fala a verdade. - Manda sério, olho para ela nervosa na minha frente.

Gabi: Eu tô falando a verdade. - responde ele brava, a vejo respirar fundo e voltar a atenção pra mim. - Tabom, a Renata me ligou ontem ela disse que está precisando de uma mochila azul, e pediu pra mim vim pedir pó ela.

- Demoro. - falo e olho pra PP que confirma, a vejo me olhar esperando pela mochila. - Pode ficar tranquila que ela vai receber a mochila.

Ela concorda e vira as costas, no mesmo instante volto para dentro de casa, caminho rápido até o quarto dela, destranco a porta e abro as portas do quarda roupa, bem em baixo junto com as caixas de sapato a acho.

Sinto um aperto no peito e meu celular vibra no bolso, sento na cama abrindo o zíper e despejo tudo em cima, com o coração acelerado, espalho pela cama as peças de roupa, e o dinheiro que dei a ela, respiro aliviado.

Sinto meu celular vibrando novamente e o pego do bolso da calça, vejo a mensagem do Mimoso, e sorrio de canto, abro a localização e na casa da avó dela mesmo, umas quatro horas de viajem, mais como nois e piloto, e a situação é urgênte nois chega em duas.

Arrumo as roupa dela tudo dentro da mochila denovo, e saio do quarto fechando a porta, visto minha camiseta, e coloco o boné na cabeça, pego minha mochila também e vou em direção a cozinha onde a Dona está limpando.

- Tô de saída Dona, teu dinheiro tá com o Gw, quando termina tranca tudo pra nois. - Falo e a vejo concorda com um Joia, viro as costas saindo de casa.

Olho para o meu tubarão com o coração acelerado, sorrio abrindo a porta e jogo as mochila no banco de trás, entro sinto o perfume fraco aqui dentro, olho para o Salto dela ainda no mesmo lugar que ela deixou, dou a Ré saindo da garagem e vejo o PP já em cima da moto.

Vão comigo só ele o Fefe e o Bié, se precisar eu chamo o restante, buzino pro Gw, e desço a comunidade rápido, vejo o Muralha na barreira e buzino pra ele também, assim que caio na BR, meu coração acelera de ansiedade.

Tô morrendo de Saudade da minha mulher, piso no acelerador, querendo chegar o quanto antes.

(...)

Paro o carro em frente a Casa da Localização, olho para o PP parado na esquina de cima, e o carro do Fefe e do Bié na esquina de baixo, respiro fundo tentando me controlar, e abro a porta descendo do carro, meu coração parece uma escola de samba.

Bato palma no portão pequeno, dou uma conferida na rua, se tem câmera por perto ou algo suspeito, escuto o barulho da porta se abrindo, e olho na direção, e inevitável não sorrir quando a vejo, sinto uma vontade de chorar, mais tento ser forte.

Ela continua parada na porta, me olhando espantada, sinto minha boca seca e passo a ponta da língua nos lábios umidecendo, reparo em seu se aproximando devagar, vejo a pontinha do nariz vermelha, e os olhos inchados, entregando que ela estava chorando.

Assim que ela abre o portão a puxo para os meus braços, sinto sua pele quente em contato com a minha, o perfume que tanto aprecio, me acalma, sinto uma lágrima descer pelo meu rosto, e o enchugo rápido, desliso minhas mãos pela lateral do seu corpo, coberto por uma blusinha rosa e o shortinho preto minúsculo.

Escuto ela chorar baixinho contra meu peito, vejo a mãe dela na porta, e a afasta um pouco, só para olhar ela melhor, limpo as lágrimas e dou um selinho em seus lábios, sentindo o gosto salgado das lágrimas.

- A gente tem que conversar. - falo e a vejo concorda. - Vamo dar um role.

Renata: Você não quer entrar? - nego desviando a atenção pra velha na porta nos olhando, ela olha para trás também e fecha o portão. - Já volto mãe.

Dulce: Cuidado filha. - escuto a velha falar e entro no carro.

A vejo dando a volta e entra ao meu lado, dou partida saindo dali com ela, não posso dar bobeira, de alguém nos ver ali, ou desconfiar do meu carro em frente a Casa, nunca se sabe oque passa na cabeça do inimigo.

Olho para ela quieta sentada ao meu lado, reparo nos mínimos detalhes de sua pele, com o coração acelerado.

- Como você está? - pergunto com a atenção na rua, PP vai de moto na nossa frente, e o Fefe com o carro atrás, olho pra ela de canto e a vejo com a mão na boca.- Fala comigo.

Renata: Para o carro. - olho para ela sem entender. - Para o Carro Rogério.

- Aqui? - pergunto vendo a rua deserta e com vários terreno cheio de mato, ela só confirma, com a Mão na boca.

Paro o carro, e ela desce rápido, desço também, mas assim que eu a vejo vomitndo meu coração acelera, vou até ela e seguro seu cabelos, quando termina pego a garridinha de água que comprei na estrada e a entrego.

- Oque você tem? - Pergunto preocupado. - Tá doente?

Renata: To grávida.

Mil Pedaços (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora