Treinamento repentino

2K 320 82
                                    

Sicília, Itália

Park Jimin estava trabalhando para Jungkook há duas semanas e nesse ínterim, ele chegou ao limite da paciência em vários momentos. Jeon Jungkook era simplesmente o homem mais estúpido do universo e sua última ordem consistia em um treinamento de defesa pessoal com Nicolo, algo que o novo soldado ignorou completamente. Apenas ver os outros soldados da Mansão treinando deixou-lhe exausto.
Após colocar Daya para dormir, Park Jimin estava entediado na mansão e sair para se divertir com Nicolo foi a melhor alternativa para ocupar sua mente. Nos últimos dias, ele e o Capo principal de Jungkook estavam muito próximos. Nico era divertido e sempre tinha algo gentil para dizer a Jimin. Comportamento bem diferente de quando se conheceram.

Ele sempre se perguntou sobre Giuseppe Rizzo, mas esteve com tantas preocupações que o assunto foi deixado de lado em sua mente.

Desde o  juramento para Camorra, Jimin não se sentia ele mesmo.

Sua nova vida era estressante na maior parte do tempo, tirando a parte do dia que ele se ocupava com a filha do todo poderoso da Máfia. Além de muito inteligente, Daya era afetuosa e ativa.

Jimin se apegou rapidamente à garotinha de bochechas fofas e ele sabia que isso era um erro. Na boate que passou a noite com Nicolo, ele conseguiu esquecer sobre todos os problemas que rondavam sua mente.

Seu chefe o enlouquecia com demandas estúpidas e Jimin sabia que todos na mansão comentavam sobre sua chegada na Borgata.

Ele ouviu muitos comentários maldosos, principalmente sobre sua sexualidade, mas nada que lhe fizesse baixar a cabeça. Jimin não iria se esconder para agradar ninguém. Aos tropeços, de volta na mansão, o loiro meio embriagado, ajudou Nicolo a chegar em seu quarto.

O primo de Don estava em pior estado de embriaguez e falou coisas sem sentido, abraçando o menor em cada oportunidade. Já fora do quarto, Jimin tirou a jaqueta jeans e dobrou a peça de roupa no antebraço, sorrindo ao recordar das frases desconexas de Nicolo, algo que ele não deixaria passar na manhã seguinte.

Antes de ir para o próprio quarto, o soldado foi até o quarto de Daya para um beijo de boa noite e cantarolando baixinho, o loiro seguiu pelo corredor. Quando percebeu que a porta do quarto estava aberta, Jimin engoliu em seco, empurrou devagar e ficou espreitando em posição de defesa. Seu coração tropeçou na caixa torácica, no momento que ele percebeu que Jeon Jungkook estava parado em frente a janela do quarto, com as mãos para trás. Seus ombros estavam alinhados e sua postura ereta. O clima no cômodo era frio, estranho, despertando-o para o sentimento de pânico antecipado.

— Foi divertido? — Perguntou, não se virando para trás.

— Por que estava me esperando no meu quarto, Don? — Ricocheteou, se aproximando do maior, tomando o cuidado de não entrar em seu espaço pessoal.

No momento que o outro se virou para encará-lo, Jimin se encolheu automaticamente. Don usava um conjunto de moletom branco e estava descalço. Metade do cabelo do mafioso estava amarrado, enquanto parte do cabelo caía sobre sua testa.

— Você não pode sair da mansão quando bem entende, seu lugar é perto da minha filha. — Proferiu, arbitrário, nada que surpreendesse o soldado. — E se ela acordasse chorando e precisando de você?

— Você estaria aqui, você é o pai, Don, é a pessoa mais importante na vida da sua filha, não esqueça. — Jimin respondeu apologético.

— Nada de bebidas alcoólicas da próxima vez. — Impos, cruzando os braços em sua frente. Jimin não perdeu os movimentos dos músculos, se acentuando quando Don pressionou os braços juntos do peitoral, sustentando um semblante de pedra no rosto.

DON • Onde histórias criam vida. Descubra agora