Judas

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Sicília, Itália

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Jimin estava pensando sobre sua conversa com Ruíz desde a volta do carregamento da mercadoria em um galpão, no interior da cidade. Jimin detestava ser feito de idiota, ainda mais por pessoas que ele valorizava tanto, além do mais, ele não acreditava que Jungkook seria tão cara de pau ao ponto de mentir após os primeiros contato íntimo, toda a noite anterior pareceu tão terna e verdadeira que não fazia sentido as suspeitas de Ruíz em torno da paternidade do filho de Aria, no entanto, fazia algum sentido pensar assim quando o homem viu Jungkook e Aria juntos, na Grand Festa, quem não pensaria igual? Às dúvidas estava corroendo seu âmago, transformando sua recente felicidade em dúvidas cruéis. 

Realmente cansado demais para sair e procurar alguma comida, Jimin se enrolou com o edredom da cama e ligou a TV para se distrair, no entanto a sessão de autopiedade teve fim quando o loiro ouviu batidas na porta, em seguida, Jungkook entrou no cômodo com uma bandeja nas mãos.

— Seu jantar. — Jimin não demonstrou nenhum interesse na bandeja com a comida. — Está doente? — Perguntou, se sentando na borda da cabeceira da cama.

— Cansado. — Ronronou, cobrindo a cabeça. Ele sabia que estava se comportando de forma infantil, mas Jimin não era bom em lidar com aquele tipo de situação. Jimin podia ser a primeira experiência de Don com um homem, mas Don era o primeiro homem por quem ele estava apaixonado, ele merecia algum desconto.

— Eu pedi pra você ficar, Carregamento não é uma de suas funções. — E Don não gostava de Jimin perto de outros soldados que ele não confiava cem por cento.

— Pode sair, não estou com fome. — Murmurou baixinho, se deitando de lado na cama. 

— O que você tem? — Indagou, estranhando o comportamento do menor. 

— Estou cansado, foi um dia longo, então saia e me deixe sozinho. — Seu tom passou de cansado para irritado em um segundo.

— A menos que você me conte por que caralhos está tão irritado. — O outro não disse uma única palavra. — Vamos, Jimin, fale. — Insistiu, tocando seu ombro ao redor de sua destra.

— Se não vai sair, fale com as paredes, porque eu estou com sono. — Então ele cobriu os ouvidos e fingiu estar dormindo ressonância forçadamente.

— Isso é ridículo. — Jungkook rosnou baixinho, saindo do quarto em seguida.

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Foi uma noite infernal para Jungkook. 

Ele não entendeu o porquê de Jimin estar tão irritado, de repente, mas respeitou seu silêncio e saiu de seu quarto, quando tudo que ele queria era segurá-lo em seus braços e afastar qualquer pensamento ruim que estivesse perturbando-lhe. 

Nas primeiras horas do dia, Don gastou energia na sala de treinamento, desejando que Jimin pudesse se juntar a ele a qualquer momento, mas isso não aconteceu.

Jimin também não estava no café da manhã, como habitualmente e não foi ao quarto de Daya, como de costume, era como se Jimin estivesse dando o seu melhor para não encontrá-lo, mas ele não contava que Don estaria esperando por ele em seu quarto, após o horário do almoço. 

— Jimin, eu quero falar com você. — Então, Don seguiu até a porta do quarto.

— Estou ocupado. — Ele mentiu.

— Não estou pedindo. — Ralhou, sinalizando para que no menor o seguisse até o escritório, e assim, ele fez. — Jimin, eu não sei o que está te perturbando, mas precisa parar. — Ele estava enlouqueceu com as próprias suposições e isso era perigoso quando ele estava no comando da organização criminosa. — Vamos, qual é o problema?

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