Sorria hoje, chore amanhã

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Sicília, Itália

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Jimin acordou se sentindo muito pesado, com uma dor de cabeça terrível e seu corpo formigando em todos os lugares possíveis, ao menos, quando ele levantou o lençol, viu que ainda estava com suas roupas. 

Ele riu de sua idiotice, claro que ele estava com suas roupas, afinal, ele estava sozinho em um chalé com um homem que o detestava, nada aconteceria.

Assustando-o, ele viu que o Mafioso continuava na mesma poltrona da noite anterior, como em sua última lembrança; a mesma postura séria, com o mesmo livro em suas mãos. Ele se sentiu um pouco culpado por tomar todo o espaço da cama. Certamente aquele homem estava com mau humor por não dormir a noite toda.

— Você não dormiu? — Indagou, se espreguiçando mais um pouco.

— Não. — Proferiu secamente.

— Por quê? — Jimin perguntou, se sentando na cabeceira da cama.

— Você gemeu e choramingou a noite toda. — Disparou em resposta, se levantando da cadeira. Ele já estava vestido como habitualmente.

— Ah... — as bochechas de Jimin estavam muito quentes naquele momento. — Tinha algo naqueles bolinhos. — Algo que o deixou fora do ar por algumas horas.

— Jura? — O tom de zombaria deixou o loiro mortificado. — Você comeu três bolinhos turbinados com estimulante sexual. — Contou, não escondendo a satisfação em ver a cor do rosto do menor sumir por completo. 

— Oh, porra! — Jimin apertou os joelhos ao redor dos braços com mais força.

— Levante-se e tome um banho, vamos voltar para casa. — Ordenou, se movendo para a mesa de cabeceira, onde estava um relógio e alguns anéis. 

— Don, eu sinto muito. — Ele também estava se desculpando por coisas que ele não se lembrava de ter feito.

— Apresse-se, eu odeio esperar. — Rosnou em resposta, evitando contato visual.

— Eu fiz algo pra estar chateado?

— Além de me desobedecer e se unir a alguém que me odeia? — Jimin abriu a boca para responder, mas se calou. — Se quer tanto ser aliado de alguém como Romano, não se importe em voltar comigo pra casa. — A forma grosseira como Don proferiu as palavras deixou Jimin com dor de cabeça.

— Daya precisa de mim, esqueceu? — Sorriu de forma desafiadora.

— Não mais. — O outro espelhou sua provocação com mais intensidade.

— O quê? — Questionou sobressaltado. 

— Lorenzzo ligou mais cedo e avisou que Martina voltou. — A informação fez o coração de Jimin se apertar. Ele sabia exatamente onde aquela conversa iria levá-los. — Você se tornou descartável pra mim. — A agressividade das palavras foi o suficiente para falar Jimin por longos minutos.

— Você não pode fazer isso comigo. — "E atual 'lealdade' que os mafiosos tanto enfatizavam?", O loiro se indagou. — Eu me tornei um criminoso pra te ajudar com sua filha e agora você me descarta? — O maior não respondeu ou fez qualquer movimento para calá-lo. — O que eu vou fazer? Voltar para casa e levar a vida normal de antes? — A mente de Park estava em curto-circuito. — Tudo bem, eu vou me virar. — Ele tinha seu orgulho para preservar, Jimin não se humilharia para alguém que não valoriza sua importância.

— O que disse? — Interrogou, sorrindo discretamente.

— Se você não precisa de mim, eu vou me virar sozinho. — Afirmou enfático, buscando o telefone fixo pelo quarto, deveria ter um em algum lugar.

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