Decidindo o futuro

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Sicília, Itália

Nicolo estava confuso.

A forma como Pollo o tratou no galpão foi estranha e por mais que ele estivesse feliz por Jimin estar em um lugar seguro, como ele havia pedido ao diabo loiro. Depois de chegar em casa, Nicolo tomou banho e ficou deitado pelado em sua cama, meditando sobre o que aconteceu mais cedo e assim, ele dormiu.

Na manhã seguinte, Nico estava acordado mais cedo do que o normal. Seu primeiro pensamento foi ligar para Pollo, mas ele não fez.

Nico não queria conversar por telefone e correr o risco do outro continuar lhe afastando, algo estava errado e ele descobriria isso. Com a permissão de Don, ele ficou esperando pelo Consigliere do primo em seu escritório, onde ele sabia que seria o primo lugar onde o diabo loiro estaria ao entrar na mansão. Sempre em situações de estresse, ele não conseguia comer ou de concentrar em nada, todos os seus pensamentos o levavam para Pollo.

Como esperado, o Consigliere entrou no escritório de Don às nove da manhã e a surpresa em seu rosto pequeno e pálido foi divertida. Nico teria adorado se não estivesse preocupado com o comportamento do mais novo. O loiro estava lindo em seu sobretudo marrom, uma calça de linho branca com um cinto de couro preto enfeitando sua cintura e uma camisa branca social. Seu cabelo estava levemente bagunçado, com cachos dourados caindo sobre seus olhos em um tom de caramelo excitante. 

— Podemos conversar agora? — Nico pediu, assim que o mais novo entrou no escritório. O olhar de Pollo era desconfiado.

— Jimin está seguro e bem. — Ele falou, ignorando o pedido do outro. — Don pode falar comigo? — Pediu, deixando sua maleta sobre a mesa em sua frente. — Eu preciso conversar com ele.

— O que há de errado? — Perguntou, também ignorando as palavras anteriores.

— Não sei do que está falando, seu primo vai me atender ou ignorar o quão ruim é a situação? — Pollo foi incisivo ao falar.

— Pare de agir assim, como se tivesse criado um muro, outra vez entre nós dois. — A voz de Nico era dura e séria. — Fale o que eu fiz. — Ele só recebeu silêncio em troca. — Pollo. — Nicolo estava começando a se irritar com o mais novo.

— Desculpe, não vamos ser amigos. — Bradou, surpreendo o outro. — Você é um Subchefe e eu um Consigliere, estou uma patente mais alta e-

— Ontem você estava na sua cama, gemendo meu nome tão alto quanto conseguiu. — Ricocheteou, deixando o rosto do loiro em chamas.

— Sexo. — Ele zombou, revirando os olhos com desdém. — E nem foi o sexo da minha vida. — Pollo sorriu em provocação, apoiando as nádegas na borda da mesa com os braços cruzados.

— Pollo, o que há de errado? — Disse sério.

— Não sou idiota. — Rosnou, enfrentado seu olhar raivoso. — Eu não sirvo pra reserva. — Aos poucos, Nico começou a entender a situação. Ele teve que se controlar para não rir. — Você estava chorando como um bebê mais cedo por causa do namorado do seu primo. — O ataque verbal não o afetou  em nada. — Você me implorou pra salvá-lo e eu fiz, fim da história. — Ele já estava caminhando em direção a porta, quando Nico foi mais rápido e bloqueou a passagem.

— Então é isso, você está assim por causa do Jimin. — Não foi muito difícil deduzir. — O que eu sinto pelo Jimin é outra coisa, diferente do que eu sinto por você. — Afirmou, recebendo um tapa do mais novo, ao tentar tocar seu rosto.

— Bem, não é problema meu. — Rosnou como um cão raivoso.

— Você com ciúmes fica tão gostoso. — Provocou, puxando-o para perto do cinto.

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