DON •

Saída ilícita

Sicília, Itália

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Duas semanas mais tarde.
Sair para uma boate, mesmo após uma ordem explícita de Don para permanecer em casa foi uma das atitudes mais ousadas de Jimin.

Ele não faria isso se não fosse pela influência direta de Nicolo, que escolheu uma das boates mais luxuosas da cidade para espairecer um pouco depois de um dia difícil. Cuidar de Daya era a parte mais fácil de trabalhar para Jungkook, a garota era adorável já maior parte do tempo e em seus momentos de birra, Jimin conseguia acalmá-la usando todas as suas artimanhas.

Em contrapartida, Jimin, aos poucos estava sendo inserido na Borgata em funções que exigiam muito dele, tanto físico quanto mentalmente. Para sua sorte, Nicolo estava sempre lá para ajudá-lo na melhora de seu desempenho nas missões, ao mesmo tempo que Lorenzzo, o irmão do seu melhor amigo, lhe tratava com indiferença na maior parte do tempo. Lidar com o Sub-chefe da Borgata era uma verdadeira provação.

A boate tinha um forte esquema de segurança e todos conheciam Nicolo, desde a garota da bilheteria até os dois barmans que se desdobravam em acrobacias com as bebidas, divertindo parte do público. Haviam pessoas dançando e se esfregando na pista de dança, outras pessoas estavam aglomeradas no camarote da boate, aonde Nicolo rapidamente levou Jimin. A área era open bar, algo que Jimin não se importava, já que não pretendia beber. Diferente do amigo, Nicolo pegou dois drinques e começou a dançar de forma sensual, o que surpreendeu Jimin completamente.

— Se seu primo descobre que a gente saiu, ele vai nos atormentar por meses. — Asseverou, movendo os pés com timidez. As luzes estroboscópicas deixavam Jimin nervoso.

— Jungkook é um pau quando quer, mas ele não vai descobrir onde estamos. — Apontou para o celular desligado na palma da mão. — Ele não pode nos rastrear. — O menor encolheu os ombros, suspirando devagar. — Vamos nos divertir. —  Pegou a mão de Jimin e o rodopiou, emborcando o copo com o drinque na boca.

— Gosto de ver você dançando. — Confessou, se afastando para ter uma melhor visão do amigo dançando.

— Vamos dançar juntos. — Nicolo tentou persuadir Jimin.

— Vou ficar aqui, ainda não posso me mover tanto. — Apontou para o tórax coberto pela camisa branca de mangas longas e gola alta.

Nicolo vestia uma camisa preta com a frente transparente, que dava uma visão significativa de seu abdômen trincado e bíceps torneados, uma calça jeans muito apertada e coturnos da mesma cor. O cabelo estava bagunçado na medida certa e seu perfume forte atraía atenção facilmente.

Meneando a cabeça em negação, Nicolo se afastou, indo de encontro a um grupo de pessoas que dançavam coladas, logo se enturmando. Ele era naturalmente carismático, além de muito cativante.

Jimin sorriu para o amigo, acenando em sua direção, logo se sentando em frente ao balcão de bebidas.

— Você é novo aqui. — Um dos barmans observou. — Martin. — Se apresentou, estendendo a mão.

Martin era um homem alto, musculoso e possuía um lindo par de olhos azuis. Ele usava um uniforme vermelho com uma gravata preta.

— Elias. —  Mentiu, apertando a mão oferecida.

— Seu amigo está arrasando com os corações dos clientes, os masculinos principalmente. — O barman asseverou com humor.

— Ele não é gay. — Contrapos, torcendo o nariz.

— Acredite em mim, eu conheço alguém do vale quando encontro. — Martin ricocheteou, apoiando os cotovelos no balcão de madeira amarronzado.

— Vale? — Formou-se um sulco entre as sobrancelhas de Jimin.