Alguns esclarecimentos

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Arizona, Estados Unidos

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Don Russo só saiu do quarto de Jimin, no hotel, quando seu médico de confiança repetiu pela enésima vez que seu namorado estava bem. Foi assustador ver Jimin machucado em seus braços e sua pergunta antes de desmaiar ainda estava ecoando em sua cabeça de forma gritante.

"Você me odeia?" Ele definitivamente não odiava Jimin, pelo contrário, era por aquele homem que Don estava arriscando tudo.

Após ser expulso pelo médico particular, Don ficou parado no corredor sozinho e após ter acesso das câmeras se segurança do hotel, como foi solicitado mais cedo, e ver que antes de Jimin sair correndo do quarto, Stella entrou no cômodo e saiu em um intervalo de dez minutos.

As imagens da câmera de segurança o deixou furioso o bastante para quase derrubar a porta de seu quarto.

Quando sua Consigliere abriu a porta, ele sentiu vontade de gritar com a mulher e fazê-la entender a gravidade de seus atos, mas ele não seria tão agressivo com a mulher que sempre cuidou de seus problemas com tanta maestria. Stella merecia um pouco de consideração e só por isso, Don seria indulgente com seus atos.

— Você... — ele parou de falar, tentando controlar sua raiva linear. — O que disse pra ele sair transtornado do quarto? — Indagou, mostrando as imagens na tela do celular, para que sua Consigliere sequer pensasse em negar seus atos. — E não minta pra mim. — Vibrou sobre a mulher.

— Eu contei sobre o Giuseppe. — Ela admitiu; pânico tomando conta de sua face. — Eu contei tudo e não me arrependo. — Ouvi-la deixou o Mafioso ainda mais entorpecido por sua raiva. — Eu sou sua Consigliere, é meu dever cuidar dos seus interesses. — "...Mesmo que você não esteja de acordo", a mulher continuou em sua mente.

— Não é a porra do seu dever deixar meu namorado louco ao ponto de não olhar para os lados enquanto atravessa a rua. — Don esbravejou, elevando o tom de voz para o máximo.

— Namorado? — A mulher ficou tão pálida que o outro se preocupou. — Que diabos, Don? — Stella não conseguia raciocinar àquela altura.

— Isso não é da sua conta. — Fora sua resposta; ácida e breve. — Você é minha Consigliere, apenas isso, Stella. — A colocou em seu lugar. Ou ele pensou que fez.

— Não me coloque como uma de suas funcionárias, porque eu não sou. — O outro ficou em silêncio, porque sabia que era verdade. — Você sabe o que eu fiz por você, Don. — A voz de Stella se tornou um fio frágil.

— Eu não pedi pra você fazer o que fez, Stella. — Defendeu-se, se sentindo nauseado, de repente.

— Mas eu fiz. — Ela murmurou, seu olhar fitando o nada. — Eu não suportava a forma que ele te tratava e eu surtei quando vi como ele te deixou, quando descobriu que você pretendia fugir para fora país com o Giuseppe, seu querido amigo de infância.

— Nós pretendíamos viver uma vida normal, e no entanto, o filho da puta tentou me violentar e quando não conseguiu, me entregou para o meu pai, Que que quase me matou naquela noite. — Don meditou sobre o assunto, encarando a menor em sua frente.

— Você tem o dom de confiar nas pessoas erradas. — Jeon se irritou quando entendeu onde ela queria chegar.

— Jimin é diferente. — Afirmou, enfática.

— Giuseppe também era diferente, lembra? — O outro ficou em silêncio. — E como acabou? — Don ainda se recusou a tocar naquela ferida. — Eu matei o seu pai pra te proteger, eu mataria qualquer um pra te proteger, então não diga que eu sou apenas a porra de uma Consigliere, Don Russo. — Stella o empurrou com toda a força que conseguiu, golpeando seu peitoral até que o maior segurou seus pulsos.

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