Garoto de recados

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Sicília, Itália

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— Todos acreditam que você superou o Jimin e você dormindo com ele. — O irmão de Jimin zombou com escárnio, alternando a atenção entre o irmão e Don, que terminava de descer os degraus da escada.

— Giuseppe, eu não aceitei seu dinheiro como pagamento pela doação de sangue, mas se você não quer realmente me deve nada, eu peço que não conte a ninguém que o Jungkook esteve aqui. — Pediu, se posicionando na frente do irmão. — Ele só veio se despedir, não vamos voltar a nós ver. — Justificou, sentindo uma dor lancinante corroer seu peito, esmagando seu coração, cortando seus sentimentos em pedacinhos, porque ele sabia que seu tempo com Jungkook estava acabando e ele não poderia fazer mais nada.

— Certo. — Giuseppe pronunciou com cautela. — Eu não vou contar. — Ele não queria qualquer vínculo com o irmão. — Nossa dívida está saudada. — Ele passou a encarar seu antigo amigo de infância.

— Posso confiar em você? — Jimin atravessou na frente do irmão, antes que ele tivesse a chance de sair pela porta da sala.

— Dessa vez, pode. — Giuseppe sorriu com cinismo, voltando a encarar Jungkook. — Você não fica bem com as roupas do gêmeo humilde, Don. — Ele bateu a porta com força, antes de sair da casa.

— Isso não podia ter acontecido. — O loiro lamentou, ultrapassando o limiar do cômodo. — Eu não queria te prejudicar, Don. — Ele enlaçou os braços na cintura do maior, deitando a cabeça em seu ombro.

— Fique tranquilo, eles descobriram de qualquer forma, eu estava ciente quando decidi vir aqui. — Don beijou seus cabelos, acariciando os fios devagar. — Eu tenho que ir. — Se afastou, segurando os ombros do menor.

— Você não precisa me ver com frequência, só não suma outra vez. — Pediu, levando o outro para a porta da sala.

— Se cuida, promete? — Pediu, segurando o rosto do namorado, beijando suas têmporas alternadamente.

— Vou sentir saudade. — Jimin confessou, não querendo se afastar do outro.

— Também vou sentir sua falta, Bello. — Jimin sorriu ao ouvi-lo, não resistindo a um beijo demorado.

— Não deixa Daya esquecer de mim. — Pediu, se distanciando aos poucos.

— Ela nunca vai esquecer de você, Bello mio. — Assegurou, tocando a pontinha do nariz do menor.

— Eu te amo, Don. — Declarou, lhe dando um beijo longo, cheio de saudade, por mais que ainda estivessem juntos.

— Eu te amo, Ragazzo mio. — Don respondeu, se virando para ir embora.

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Don estava exausto e emocionado quando saiu da casa de Jimin.

Ele sabia que dificilmente Giuseppe cumpriria sua promessa de não contar sobre vê-lo sair da casa de Jimin, mas o pior não era isso, o pior era saber que ele não veria Jimin tão cedo. Ele queria sumir e ignorar todos os riscos outra vez. Uma vida sem Jimin era uma vida que Jungkook viveria como um fantasma, sempre ansiando por Jimin, em tê-lo, amá-lo.

Juntando todo resquício emocional, Don voltou de carro para a mansão e tomou um banho, antes de ir até o quarto de sua filha e alimentá-la.

Em meio a todos os problemas, estar com Daya era a única coisa que lhe ajudava a se manter são e com esperança de dias melhores. Ela estava crescendo tão rápido e estava cada vez mais esperta. O aniversário da pequena seria em alguns meses e Jungkook se perguntava se Jimin estaria comemorando com eles, como a família feliz que ele sempre quis ter.

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