Amar pode doer às vezes

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Sicília, Itália

Giuseppe estava se sentindo realmente mal após cheirar uma boa quantidade de cocaína, antes de sair de seu apartamento, rumo a casa de sexo que Don Russo começou a frequentar com seus primos, na esperança de encontrá-lo ali, e como o esperado, bastou pisar na casa ele foi levado, contra sua vontade para uma das salas e empurrado para dentro do ambiente escuro de forma agressivo, mas ele sorriu ao ver Don Russo ali, sentado em uma cadeira.

Ele parecia ainda mais etéreo e inalcançável naquele momento, a personificação da luxúria e todos os seus desejos. Giuseppe daria tudo, esqueceria tudo para poder tocar aqueles lábios esculpidos e sentir o gosto daquela boca pecaminosa. Giuseppe daria sua vida por um único beijo, ele não se importaria com mais nada, porque Don era a pessoa mais importante em sua vida, aquele que despertou seu amor e depois o rejeitou, sem se importar com seu sofrimento, mas naquele momento, Giuseppe não estava em seu juízo perfeito para ser orgulhoso.

Ele rastejaria se fosse o desejo de Don, ele se daria para eles se isso o deixasse feliz, Giuseppe Rizzo faria qualquer coisa para experimentar um pouco da felicidade que Don deixou em suas mãos e depois levou embora, mesmo que isso matasse sua alma depois, mesmo que isso o afastasse de quem ele se tornou.

— Pare com o drama. — Don afastou e segurou os ombros de Giuseppe para mantê-lo afastado.

— Se veio para brigar, não estou com vontade. — O pseudo-moreno esfregou os olhos, cambaleando até uma cadeira, onde se sentou de forma relaxada.

— Você veio aqui sabendo que eu viria atrás de você, Giuseppe. — O outro não negou, ele apenas começou a tirar a camisa, jogando a peça de roupa longe se seu corpo. — Por que voltou? — Indagou, se aproximando com cautela.

— Senti saudade. — Giuseppe sorriu como um lunático, incapaz de sustentar o peso de sua cabeça, que tombava de um lado para o outro.

— Sentiu saudade? — Jeon começou a rir, antes de se agachar em frente ao outro, estudando-o com cautela. — Você mal sabe o que está falando, está drogado. — Ele salientou a parte final da frase, observando cada detalhe do rosto cansado do outro. — Quanto pó cheirou, antes de vir aqui? — Ele perguntou usando a nota aguda da voz para salientar a advertência.

— Não te interessa. — Giuseppe murmurou fracamente. — Soube que está de caso com o meu irmão. — Juntando o resquício de força, o homem se endireitou na cadeira, apoiando as mãos nas laterais da cadeira.

— Como você sabe disso? — O relacionamento não era externado, nem mesmo para membros da Borgata, não fazia sentido que Giuseppe já estivesse ciente do assunto.

— Eu tenho ouvidos aqui e ali. — Ele levantou as mãos, movendo os dedos em seus cabelos bagunçados. — Acha que só você consegue ser onipresente, todo-poderoso, Don? — Confrontá-lo era excitante; ele gostava de ver a mudança no semblante do Mafioso narcisista.

— Vamos, me diga quem anda passando informações. — Jeon exigiu.

— Nunca vou revelar minhas fontes. — Giuseppe gritou, sorrindo de forma exagerada. — Mate-me. — Ele pegou a mão de Jungkook e apertou ao redor seus dedos ao redor de seu pescoço.

— Não dá pra conversar com você assim. — Don se levantou depressa, respirando devagar. Ele se assustou com a sensação de poder que sentiu ao sufocar o irmão de Jimin.

— Ele tem o mesmo rosto, mesmo corpo, então por que ele e não eu? — Giuseppe se levantou de modo desajeitado da cadeira, tropeçando nos próprios pés ao tentar caminhar.

— Você está falando bobagem. — Don recuou, se impedindo de se aproximar outra vez do homem que costumava ser seu amigo de infância.

— Não adianta negar, eu sei que você e o meu suposto irmão estão juntos. — Era um blefe. Giuseppe não tinha como saber a verdade sobre ele e Jimin. Ele não caíria nesse jogo estúpido. — O que ele  tem que eu não tenho? — Interrogou, avançando em direção maior, outra vez abraçando-o, mas agora com mais força.

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