🌥️Capítulo XVII.

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(Tension so intense like an asteroid. Be discreet, gotta dodge all the tabloids)

Precisava pisar com cuidado para não me machucar nos cacos de vidro espalhados por todo local. Observava as paredes riscadas, a mobília detonada, e não conseguia entender a necessidade de tanta destruição.

Como assim não levaram nenhum dinheiro do caixa? — Minha mãe soava até desapontada.

Não levaram. Aparentemente queriam passar um recado... — O policial fardado olha em minha direção, como se aguardasse alguma manifestação de minha parte. — A Srta. pode nos dizer o que está escrito aqui?

Novamente estou de frente para a parede vandalizada, com tinta vermelha e letras garrafais: "GET OUT WHILE YOU CAN". Toda vez que leio sinto um arrepio em minha espinha. Não faço ideia do que significa em sentido conotativo, então, apenas traduzo ao senhor que coleta informações para andamento da investigação. — Saia enquanto pode. É o que diz. — Mas, ele com certeza já sabia disso.

Minha mãe se afasta, desolada ao olhar para suas plantas mortas, a terra hora fértil se misturando com a depredação total da nossa loja.

Tem algo que a Srta. gostaria de nos dizer, que sua mãe não deveria saber? — Sinto o peso da desconfiança sobre meus ombros. Não faço ideia do que aconteceu aqui ou porque alguém atacaria minha mãe. Talvez ele pense que o recado seria para mim?

— Na verdade, o Sr. tem algo que gostaria de me dizer que minha mãe não gostaria de ouvir? — Devolvo a pergunta.

Sua testa está enrugada. Seu sorriso amarelo não deixa dúvidas, está achando que tenho algo com isso tudo. — Já conheci muitas como você durante minha carreira. É problema na certa.

Por um momento me permito estar surpresa, mas talvez a única coisa impressionante aqui seja ele ter tido a decência de respeitar minha mãe antes fazer acusações absurdas.

Senhor, com todo respeito, peço que se concentre em solucionar o caso. Afinal, você está lidando com nossas vidas aqui. Se tiver algo para me perguntar que seja oficialmente e assim podemos convocar um advogado adequadamente. Mas imagino que não tenha nada além do seu preconceito para justificar, não é?

Estou pronta para essa briga. Tudo que tenho de mais precioso é minha mãe e todo seu esforço para nos sustentar a partir deste café. Toda dedicação e empenho pisoteados, e ainda temos que lidar com alguém assim. É mesmo absurdo.

Senhora, aqui está uma cópia da sua denúncia. Se tiver seguro, vai precisar. — Ele entrega os papéis quando a vê retornando.

— Ah, claro! Muito obrigada! Irá nos ajudar muito.

A resposta que ela dá faz com que novamente ele deposite o olhar carregado em mim. Cruzo meus braços, mantendo minha postura totalmente ereta. Não vou me deixar abater.

Srta., qualquer novidade, nos avise. — Me entrega seu cartão de visitas "Det. Chen". Concordo com a cabeça, desejando que nunca mais precise vê-lo.

Abraço minha mãe, tentando novamente a consolar. Quando cheguei em casa e a vi tão abatida, inevitavelmente pensei em quantas vezes ela precisou de mim e eu não estive por perto. Claro, pelo que sei é a primeira vez que algo assim acontece, no entanto, não precisaria ser nada grave, apenas estar ali para quando precisasse era o meu papel.

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